Primeiro caso da nova cepa de mpox nos EUA
Os Estados Unidos, através do departamento de saúde do estado da California anunciou o primeiro caso de detecção da nova variante (clado Ib) da mpox em seu território. Essa variante é que vêm causando preocupação no surto recente de mpox na África, por se mostrar mais adaptada a circulação em humanos e capaz de causar consequências mais severas.
O caso detectado é de importação, com o paciente tendo retornado de uma viagem para o leste da África. O paciente apresenta sintomas leves e está em isolamento enquanto as autoridades de saúde fazem o rastreio dos contatos próximos. Não há informações sobre outros casos.
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Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII)
Desde agosto Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a classificar a Mpox como uma ESPII devido ao crescimento no número de casos detectados na região central da África, com maior incidência na República Democrática do Congo (RDC) e ao surgimento da variante mais adaptada a circulação em humanos e capaz de causar consequências mais severas.
Até o último o último relatório do CDC África (03/11/24), foram notificados, no continente, 49.310 casos, com 10.672 confirmados e 1.059 óbitos.
Outros países fora da África reportaram casos importados de pacientes com histórico de viagens, Suécia, Tailândia, Índia, Alemanha e Reino Unido. Este último confirmou no início de novembro a transmissão local da nova cepa com três casos ligados ao primeiro importado.
Até este caso nos Estados Unidos, o clado Ib não havia sido detectado nas Américas.
A OMS realizará uma reunião no próximo dia 22 de novembro para reavaliar a classificação da mpox como emergência de saúde pública.
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Mpox no Brasil
O cenário nacional permanece estável, com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde indicando 1.638 casos confirmados ou prováveis de mpox, com a região Sudeste registrando 77,5% dos casos nacionais e mais da metade dos casos concentrados na cidade de São Paulo (886), seguida por Rio de Janeiro (221) e Belo Horizonte (49).
Não foram registrados óbitos por mpox em 2024 e o perfil dos pacientes permanece como sendo de homens (94,1% dos casos) entre 18 e 39 anos (76,4%). Dos casos registrados, apenas 7,9% precisaram de hospitalização e 0,8% tiveram que ser encaminhados para unidade de terapia intensiva (UTI).
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