A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) fez um apelo para que os governos da América Latina e do Caribe priorizem o fornecimento de medicamentos, insumos e equipes essenciais ao tratamento do câncer. A doença é uma das principais causas de morte na região, com mais de 1,4 milhão de óbitos e 4 milhões de novos casos anualmente.
O diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, ressaltou a necessidade de ampliar o acesso aos tratamentos e garantir equidade na assistência oncológica para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, desafios como altos custos e distribuição limitada de medicamentos ainda persistem. Para superá-los, é essencial atualizar protocolos de tratamento e adotar compras conjuntas para reduzir custos.
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Desigualdade no tratamento do câncer infantil
A desigualdade no acesso ao tratamento infantil é preocupante. Cerca de 30 mil crianças e adolescentes são diagnosticados anualmente na região, e 10 mil deles não sobrevivem. Nos países de alta renda, mais de 80% das crianças acometidas são curadas, enquanto essa taxa cai para 20% em países de baixa e média renda, devido à falta de medicamentos acessíveis e de qualidade.
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Para reverter esse quadro, a OPAS, em parceria com a OMS, o St. Jude Children’s Research Hospital e o UNICEF, busca garantir o fornecimento contínuo de medicamentos oncológicos a países mais vulneráveis. Em 2024, um acordo firmado com o St. Jude visa fortalecer a capacidade de planejamento e aquisição desses insumos na região.
O Fundo Estratégico da OPAS é uma ferramenta fundamental para melhorar o acesso a medicamentos contra o câncer. Barbosa incentivou os países a utilizarem esse recurso, que inclui também testes para detectar o papilomavírus humano (HPV) e dispositivos para tratar lesões pré-cancerígenas.
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya
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