Desde dezembro de 2016, o Brasil vem registrando inúmeros casos de Febre Amarela no país, com a maior parte das infecções ocorrendo em áreas rurais. Já foram confirmadas mais de 230 infecções e 80 mortes nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, e centenas de casos adicionais ainda estão sob investigação. Esse número está bem acima do esperado para a época nessas áreas.
Atualmente, não existe nenhuma evidência de que a transmissão de pessoa para pessoa através do mosquito Aedes aegypti (transmissão urbana) tenha ocorrido. No entanto, o surto está afetando áreas próximas a grandes centros urbanos, onde a vacina contra a febre amarela não é rotineiramente administrada. Segundo análise do New England Journal of Medicine, esta proximidade levanta a preocupação de que, pela primeira vez em décadas, a transmissão urbana da febre amarela pode ocorrer no Brasil.
Veja também: ‘Febre Amarela – as recomendações do Ministério da Saúde’
A doença
A febre amarela é uma doença infecciosa, transmitida por mosquitos. Febre, dor de cabeça, dores no corpo e de cabeça, cansaço, perda de apetite, fraqueza, náuseas e vômitos são alguns dos sintomas iniciais apresentados. Nos casos graves, o paciente pode ter febre alta, icterícia (coloração amarelada), hemorragias e insuficiência renal.
É uma doença de notificação imediata, já que a disseminação é rápida. Medidas de prevenção devem ser tomadas pelos governos, e a vacinação de pessoas moradoras de áreas de risco ou viajantes é essencial. Entre os meses de dezembro e maio, o risco de transmissão é maior, tanto devido às chuvas de verão, quanto pelo período de viagens de férias.
E mais: ‘Abordagem ao paciente com febre e mialgia’
Veja aqui a análise completa do NEJM sobre a Febre Amarela no Brasil.
Referências:
- Yellow Fever — Once Again on the Radar Screen in the Americas. Catharine I. Paules, M.D., and Anthony S. Fauci, M.D. March 8, 2017DOI: 10.1056/NEJMp1702172
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