Mpox: Mais de 1.000 casos no Brasil e 100.000 no mundo
Último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado no dia 14 de setembro, com dados mundiais coletados até o final de julho, apontou que desde janeiro de 2022 já foram contabilizados 103.048 casos de mpox, com 229 mortes.
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Emergências de mpox
A doença foi considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela primeira vez em julho de 2022, com casos registrados em 121 países, sendo a maior concentração em países africanos. Em maio de 2023, a mpox foi desclassificada como uma ESPII. Contudo, devido ao crescente número de casos em países da África Central e a presença de uma variante que se mostrou mais adaptada a circulação em humanos e capaz de causar consequências mais severas (clade Ib), a OMS voltou a classificar a mpox como ESPII em agosto de 2024.
Neste ano, só na África, foram confirmados em laboratório 5.759 casos com 32 mortes, considerando os casos suspeitos são 25.093 notificações com 723 vítimas entre esses, em apenas 8 meses, a República Democrática do Congo concentra a maior parte dos casos, com crescimento registrado nos países vizinhos.
No Brasil
De acordo com o último informe semanal do Ministério da Saúde, em 2024, foram notificados no Brasil 1.106 casos confirmados ou prováveis de mpox. A região Sudeste concentra 80,7% dos casos, as capitais São Paulo (n = 406; 36,7%), Rio de Janeiro (n = 175; 15,8%), e Belo Horizonte (n = 42; 3,8%) são os três maiores focos urbanos de infecção, seguidas por Brasília (n = 31; 2,8%) e Salvador (n = 29; 2,6%). O país também contabiliza 466 casos suspeitos de mpox no Brasil, 40,3% no estado de São Paulo.
Ainda segundo os dados do governo, o perfil dos casos confirmados e prováveis é de pessoas do sexo masculino (n = 1.038; 93,9%) com entre 18 a 39 anos (n = 785; 75,6%). Não foram registrados óbitos por mpox em 2024, no Brasil.
A variante que gerou a preocupação da OMS e se espalha no continente africano ainda não foi detectada no território nacional.
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