No último dia 18 de dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a redução do intervalo de aplicação da terceira dose da vacina contra Covid-19 de cinco para quatro meses. O anúncio foi feito pelo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Em sua conta no Twitter, o ministro destacou: “Para ampliar a proteção contra a variante Ômicron vamos reduzir o intervalo de aplicação da 3ª dose de cinco para quatro meses. A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco.”
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Vacina da Pfizer como reforço
De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante da Pfizer deve ser utilizado como dose de reforço em pessoas que tomaram as vacinas Coronavac, AstraZeneca e Pfizer. Segundo a pasta, o aumento da resposta imunológica no esquema heterólogo foi levado em consideração para esta decisão. Caso não haja a possibilidade de utilizar a vacina da farmacêutica americana, os imunizantes da Janssen e da AstraZeneca também poderão ser aplicados como terceira dose.
Além disso, quem tomou a vacina da Janssen, que a princípio contava com a aplicação única, também deverá procurar algum posto de vacinação para tomar uma segunda dose. Segundo o Ministério da Saúde, quem recebeu a vacina entre dois e seis meses já pode receber a nova dose. Neste caso, o imunizante utilizado para reforço também deverá ser o da Janssen.
Quarta dose para imunossuprimidos
Em nota técnica publicada nesta segunda-feira, 20, o Ministério da Saúde anunciou a quarta dose da vacina contra Covid-19 para pessoas imunossuprimidas.
A quarta dose irá contemplar maiores de 18 anos de idade que já receberam três doses do esquema vacinal regular (duas doses mais uma dose de reforço). O intervalo será de quatro meses, que serão contados a partir do primeiro reforço (terceira dose). A vacina da Pfizer deverá ser utilizada. Outras alternativas podem ser a vacina da Janssen ou Astrazeneca.
O Plano Nacional de Imunização (PNI) considera imunossuprimidos como:
- Portadores de imunodeficiência primária grave;
- Pacientes em quimioterapia;
- Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH)
- Usuários de drogas imunossupressoras;
- Pessoas vivendo com HIV/AIDS;
- Pacientes em uso de corticoides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por ≥14 dias;
- Pessoas que usam drogas modificadoras da resposta imune;
- Pacientes com condições auto inflamatórias e doenças intestinais inflamatórias;
- Pacientes em hemodiálise;
- Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências bibliográficas:
- Ministério da Saúde antecipa de cinco para quatro meses a aplicação da dose de reforço. Ministério da Saúde. 18 de dezembro de 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021-1/dezembro/ministerio-da-saude-antecipa-de-cinco-para-quatro-meses-a-aplicacao-da-dose-de-reforco
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