InfoGripe aponta queda nos casos de SRAG, mas pede atenção para crianças e idosos 

O novo boletim do InfoGripe, divulgado no dia 21 de agosto pela Fiocruz, indica manutenção da tendência de queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em praticamente todo o país. A análise, referente à Semana Epidemiológica 33 (10 a 16 de agosto), mostra redução nas ocorrências relacionadas ao vírus sincicial respiratório (VSR) e à influenza A, com destaque para a queda entre crianças pequenas. 

O Amazonas é a única unidade federativa que ainda apresenta aumento de SRAG associada ao VSR em crianças de até dois anos. Apesar da redução em boa parte do território, os níveis permanecem moderados a muito altos em estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Sul. 

Faixa etária 

Outro ponto de atenção é o aumento contínuo de SRAG por rinovírus em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, especialmente no Nordeste e Centro-Sul. Entre idosos a partir de 65 anos, os casos associados à covid-19 seguem em crescimento no Amazonas e na Paraíba. No Ceará e no Rio de Janeiro também há alta nas notificações ligadas ao coronavírus, embora ainda sem impacto na tendência nacional. 

“A vacinação contra a covid-19 continua sendo fundamental, principalmente para idosos e pessoas imunocomprometidas, que devem receber reforços semestrais”, destaca a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz. Ela reforça ainda a importância de manter crianças e adolescentes com sintomas gripais em casa, para reduzir a transmissão nas escolas. 

Situação nos estados e capitais 

Até a semana 33, nenhuma das 27 unidades federativas apresentou crescimento na tendência de longo prazo. Entretanto, 18 estados seguem em níveis de alerta ou risco, entre eles Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Nas capitais, cinco cidades chamam atenção: Cuiabá, João Pessoa, Maceió, Natal e Salvador apresentam crescimento da SRAG nas últimas seis semanas. 

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Dados nacionais de SRAG

Em 2025, o Brasil já notificou 159.663 casos de SRAG, dos quais 53,4% tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre esses, a infecção por VSR segue predominante (45,5%), seguido por influenza A (25%), rinovírus (24,6%) e SARS-CoV-2 (7%). O cenário geral indica queda sustentada em longo prazo, mas com oscilações no curto prazo, o que reforça a necessidade de manter vigilância ativa e medidas de prevenção.