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Saúde4 fevereiro 2025

Gravidez na adolescência cresce e impacta sistema de saúde, aponta estudo 

Custos hospitalares elevados e riscos à saúde reforçam a importância da prevenção da gravidez na adolescência e do suporte adequado às jovens 

Um estudo recente, feito com dados de 2022 a 2024, revelou o aumento dos partos e da taxa de cesáreas entre adolescentes. A gravidez precoce impõe desafios às jovens mães, suas famílias e ao sistema de saúde, e é a principal bandeira da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, celebrada entre os dias 1º e 8 de fevereiro. 

A pesquisa, conduzida pela Planisa e pelo DRG Brasil, analisou 633.705 altas hospitalares em 442 hospitais públicos e privados, indicando que 5,32% dos partos foram de adolescentes entre 12 e 18 anos, gerando custos de R$ 254,5 milhões. A taxa de partos nessa faixa etária cresceu de 4,66% em 2022 para 5,75% em 2024. 

Leia ainda: Associação entre idade materna jovem e anomalias fetais 

Riscos e complicações da gravidez na adolescência

A incidência de sífilis em gestantes adolescentes é de 3,36%, mais que o dobro da registrada em adultas (1,61%). Além disso, há maior ocorrência de eventos adversos (21,63% contra 13,38%) e eventos adversos graves (6,21% contra 4,31%). Esses problemas prolongam internações e elevam custos hospitalares, segundo um dos diretores da pesquisa. 

Prematuridade 

O estudo também mostra maior taxa de prematuridade entre adolescentes (12,55% contra 11,43% em adultas), com tempo médio de internação dos recém-nascidos prematuros de 4,6 dias, frente a 3,9 dias para bebês de mães adultas. Isso agrava os custos e pressiona o sistema de saúde. 

Gravidez na adolescência cresce e impacta sistema de saúde, aponta estudo 

Imagem de pvproductions/freepik

Perfil 

Segundo dados da OPAS/OMS e UNICEF, a taxa mundial de gravidez na adolescência é de 46 nascimentos para cada mil jovens entre 15 e 19 anos, chegando a 65,5 na América Latina e Caribe. No Brasil, 14% dos nascimentos em 2020 foram de mães com até 19 anos, sendo 69% negras ou pardas, e 66% das gestações indesejadas. A gravidez precoce eleva os riscos de mortalidade materna e infantil. 

Dados do IBGE mostram que, em 2023, 23,1% dos jovens entre 14 e 29 anos abandonaram os estudos devido à gravidez. O cenário reforça a necessidade de programas de prevenção, acesso à informação e atendimento acolhedor para que a maternidade na adolescência deixe de ser um obstáculo ao desenvolvimento educacional e profissional dessas jovens.

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