O Governo Federal lançou neste mês uma nova iniciativa que busca reduzir em 25% as mortes de gestantes até 2027. Batizado de a Rede Alyne, o programa é uma reestruturação da antiga Rede Cegonha e presta homenagem a Alyne Pimentel, uma mulher que morreu em 2002 por falta de atendimento adequado durante a gravidez e que gerou para o Brasil uma condenação em corte internacional por morte materna evitável, reconhecida como violação de direitos humanos das mulheres a uma maternidade segura.
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Iniciativa pela saúde materna
O principal objetivo da Rede Alyne é garantir que as gestantes, especialmente as que vivem em áreas mais vulneráveis, recebam cuidado completo e contínuo durante a gravidez.
O programa vai integrar o atendimento entre as maternidades e o serviço de Saúde da Família, além de criar equipes especializadas em obstetrícia para acabar com a necessidade de gestantes percorrerem vários hospitais em busca de atendimento. A Rede Alyne visa ainda ampliar o acesso a exames pré-natais, construir 36 novas maternidades e 30 centros de parto, além de incentivar o uso do método Canguru, e fortalecer a rede de bancos de leite do Brasil.
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O governo planeja investir R$ 400 milhões em 2024, aumentando para R$ 1 bilhão em 2025, para melhorar os serviços de saúde voltados às gestantes e bebês. Uma das metas é reduzir as mortes de mulheres negras em 50% até 2027. O repasse para estados e municípios realizarem exames pré-natal também aumentará: de R$ 55 para R$ 144 por gestante. Com novos exames sendo incorporados na rede, o pré-natal passará a ter testes rápidos para HTLV, hepatite B e hepatite C.
Com essas medidas, o governo espera melhorar o atendimento, promover mais segurança e diminuir as desigualdades no sistema de saúde para gestantes e recém-nascidos no Brasil.
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