O último Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado ontem (28/11) e trazendo dados relativos à semana epidemiológica 47 (de 17/11/2024 a 23/11/2024) e informações inseridas no SIVEP-Gripe até o dia 23/11/2024, aponta a manutenção do sinal de queda nas tendências de longo (6 semanas) e curto prazo (3 semanas) para os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no agregado geral.
Entretanto, Amapá, Distrito Federal, Mato Grosso e Roraima ainda apresentam sinais de crescimento de longo prazo para SRAG, principalmente devido a infecção por rinovírus entre crianças e adolescentes de até 14 anos.
No cenário nacional, o rinovírus também permanece como o principal vírus responsável pelos casos de SRAG nessa faixa da população e a covid-19 como a grande responsável por casos em idosos.
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Isoladamente, algumas capitais também apresentam sinal de crescimento para casos de SRAG: Brasília (DF), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Recife (PE) e São Paulo (SP). Contudo, os dados não são suficientes para apontar com certeza qual tipo de infeção seria o responsável pela tendência nesse locais. De acordo, com o boletim ainda assim a situação pede cautela.
SRAG nas últimas quatro semanas epidemiológicas
Nesse período a maior prevalência entre os casos positivos para infecção viral em pacientes com SRAG foi do rinovírus, presente em 40,5% dos casos, seguido do SARS-CoV-2 com 27%, Influenza B (9%), Influenza A (8,5%) e vírus sincicial respiratório (6,3%).
Em relação aos casos que levaram ao óbito do paciente, a covid-19 ainda é a mais presente, detectada em 60,5% deles.
2024
Neste ano já foram notificados 161.718 casos de SRAG, sendo 75.278 (46.5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. A maior parte dos casos, 34,9%, está relacionada a infeção por vírus sincicial respiratório (VSR), em segundo lugar aparece o rinovírus (26,4%) e logo depois o SARS-CoV-2 (19,3%). Apesar do crescimento nas últimas semanas epidemiológicas o vírus da Influenza B só foi detectado em 1,8% dos casos, enquanto que o da Influenza A esteve presente em 17,2% deles.
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