O câncer de cólon e reto, que vitimou Petra Gil, é o terceiro tipo mais frequente no Brasil, com cerca de 45 mil novos casos anuais, de acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o triênio 2023-2025. A doença tem maior incidência na Região Sudeste e entre mulheres, ocupando a segunda posição entre os tipos mais prevalentes nessa população.
Uma das principais dificuldades no enfrentamento desse tipo de neoplasia é o diagnóstico tardio. Trata-se de uma doença que tende a evoluir de forma silenciosa, com sintomas surgindo, em muitos casos, apenas quando o tumor já se encontra em estágio mais avançado. Por esse motivo, o rastreamento precoce é considerado essencial.
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Importância da prevenção contra o câncer
A recomendação é que o rastreio se inicie aos 50 anos na população geral. No entanto, pacientes com histórico familiar ou condições predisponentes, como pólipos adenomatosos, Doença de Crohn e outras doenças inflamatórias intestinais crônicas, devem começar a triagem mais cedo. Os métodos mais utilizados para o rastreamento incluem a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia.
Fatores comportamentais também têm papel relevante na elevação do risco. Entre eles estão o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e a ingestão frequente de alimentos ultraprocessados. Como a maioria dos tumores colorretais se origina de lesões benignas que evoluem lentamente, a detecção precoce aumenta significativamente as chances de cura.
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Além disso, o exame físico com toque retal ainda enfrenta resistência por parte dos pacientes, muitas vezes por constrangimento. No entanto, uma avaliação clínica simples pode ser suficiente para orientar de forma eficaz a conduta preventiva.
Sintomas e alertas
Os sinais de alerta, quando presentes, incluem alterações do hábito intestinal, perda de peso, dor abdominal e sangramento nas evacuações. No entanto, o ideal é atuar antes que esses sintomas se manifestem, reforçando a importância do rastreamento oportuno.
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