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Saúde23 maio 2025

Internações por doenças inflamatórias intestinais crescem 61% em 10 anos 

Dados sobre doenças inflamatórias intestinais são da SBCP, com base no Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde 
Por Roberta Santiago

As doenças inflamatórias intestinais (DIIs), que comprometem o trato gastrointestinal, foram responsáveis por cerca de 170 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) na última década. O número faz parte de um levantamento da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), com base em registros do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, vinculado ao Ministério da Saúde. 

O estudo aponta um aumento expressivo nas internações relacionadas a essas condições. Em 2015, foram registrados 14.782 casos, número que saltou para 23.825 em 2024 — um crescimento de 61% no período. 

Ambas são As DIIs mais comuns são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Ambas são doenças crônicas, sem cura definitiva. Segundo a SBCP, embora a eliminação completa da doença não seja possível, o diagnóstico precoce e o início de um tratamento adequado são essenciais para proporcionar qualidade de vida e, em muitos casos, alcançar a remissão dos sintomas. 

Internações por doenças inflamatórias intestinais crescem 61% em 10 anos 

Imagem de Lifestylememory/freepik

Alta nas internações por doenças inflamatórias intestinais (DII) 

A diretora de comunicação da SBCP destaca que o aumento nas internações reflete tanto o agravamento dos quadros clínicos quanto a maior incidência de novos casos. Ela observa ainda que essas doenças são mais frequentemente diagnosticadas em grandes centros urbanos e regiões industrializadas do país. 

Durante o mês de maio, a SBCP promove a campanha Maio Roxo, dedicada à conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais. O ponto alto da mobilização ocorre em 19 de maio, data em que se celebra o Dia Mundial das DIIs. 

Leia ainda: Doença inflamatória intestinal: preparo para a terapia avançada 

A SBCP reforça a importância de um diagnóstico precoce e enfatiza que o início do tratamento ainda nos primeiros sintomas é fundamental para evitar complicações e reduzir os impactos na vida pessoal e profissional dos pacientes. 

Essas doenças podem atingir pessoas de diferentes idades, mas são especialmente comuns entre adultos jovens — justamente aqueles em plena fase produtiva. Quando não controladas, podem resultar em faltas recorrentes ao trabalho, dores intensas, desnutrição e impactos na saúde emocional e social. 

Sintomas 

Entre os sintomas mais comuns das DIIs estão: 

  • Diarreia crônica (com sangue, muco ou pus) 
  • Dor abdominal 
  • Perda de peso 
  • Fadiga 
  • Urgência para evacuar 
  • Falta de apetite 

Em casos mais graves, os pacientes podem apresentar febre, anemia, distensão abdominal e manifestações extraintestinais, como artrites, dermatites e inflamações oculares. 

O diagnóstico costuma envolver avaliação clínica e exames como colonoscopia, endoscopia, tomografia e ressonância magnética. O tratamento é voltado para o controle dos sintomas e pode incluir medicamentos como imunossupressores e biológicos, além de mudanças no estilo de vida — como alimentação equilibrada, prática de exercícios e abandono do tabagismo.

Saiba mais: Desafios no acesso a novos tratamentos nas DII

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Referências bibliográficas

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