A Baixada Santista acendeu o sinal de alerta para o crescimento do casos de meningite entre a sua população. Somente em 2025, a região já contabiliza 44 casos confirmados e sete mortes, segundo balanço divulgado no último dia 6. As ocorrências foram registradas em seis dos nove municípios: Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá e Itanhaém.
O município de São Vicente concentra o maior número de infecções, com 17 casos confirmados neste ano. Em Santos, foram seis casos e um óbito, uma queda em relação a 2024, quando houve 20 registros e duas mortes. Já Cubatão apresenta um cenário mais preocupante: três casos e três óbitos. Em Praia Grande, os números permanecem estáveis, com 11 casos e três mortes — o mesmo patamar do ano anterior. Mongaguá e Itanhaém registraram casos, mas sem vítimas fatais.
A meningite é uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo ser causada por vírus ou bactérias. As formas bacterianas são as mais graves, com risco elevado de transmissão e necessidade de tratamento imediato. Entre os sintomas mais comuns estão febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz.
Vigilância epidemiológica contra meningite
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que monitora a evolução dos casos e realiza investigação epidemiológica conjunta com as prefeituras da região. O órgão reforçou ainda a importância da vacinação e das medidas de prevenção, como higienizar as mãos com frequência, manter ambientes ventilados, evitar o compartilhamento de objetos pessoais e cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar.
Com a aproximação do verão e o aumento da circulação de pessoas nas cidades litorâneas, autoridades temem que o número de casos possa crescer. O alerta, portanto, é claro: atenção aos sintomas e busca imediata por atendimento médico podem salvar vidas.

Panorama atual
Em abril deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou as primeiras diretrizes globais para o diagnóstico, tratamento e cuidados de longo prazo da doença. A iniciativa busca acelerar sua detecção, garantir tratamento oportuno e melhorar o acompanhamento dos pacientes, especialmente aqueles que enfrentam complicações duradouras.
Em julho passado, o reforço da vacina meningocócica administrado aos 12 meses foi atualizado. Em vez da formulação C, os bebês passaram a receber a meningocócica conjugada ACWY. A medida amplia a proteção contra quatro sorogrupos da Neisseria meningitidis — A, C, W e Y —, com impacto direto na prevenção de meningite bacteriana e meningococcemia, formas graves e potencialmente fatais da doença.
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*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.
Autoria

Redação Afya
Produção realizada por jornalistas da Afya, em colaboração com a equipe de editores médicos.
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