A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o registro do Voranigo (vorasidenibe), inibidor oral de enzimas IDH1 e IDH2, indicado para tratamento de astrocitomas e oligodendrogliomas difusos de baixo grau em pacientes a partir de 12 anos. A medicação é destinada a indivíduos pós-cirurgia sem indicação imediata de radioterapia ou quimioterapia.
O vorasidenibe bloqueia a produção de metabólitos que promovem a proliferação tumoral, prolongando o tempo livre de progressão da doença com boa tolerabilidade e administração diária oral. Estudos clínicos internacionais evidenciaram eficácia significativa na redução da progressão do tumor, com baixa incidência de efeitos adversos graves.
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Eficácia do vorasidenibe no tratamento de tumores cerebrais
Especialistas apontam que o medicamento representa o maior avanço nos últimos 20 anos no manejo de gliomas de baixo grau. Historicamente, as opções se limitavam a cirurgia, radioterapia e quimioterapia, todas de maior impacto sobre o paciente. O vorasidenibe oferece uma alternativa menos invasiva, que pode adiar tratamentos mais agressivos e contribuir para a manutenção da qualidade de vida.
A novidade é especialmente relevante para pacientes jovens, frequentemente acometidos por gliomas de baixo grau, permitindo monitoramento ambulatorial mais contínuo e maior adesão ao tratamento. A farmacêutica Servier prevê a comercialização do Voranigo nos próximos meses, integrando o arsenal terapêutico brasileiro para tumores cerebrais IDH-mutados e alinhando-se às melhores práticas internacionais.
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*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.
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