O uso da hidroxicloroquina na Covid-19 tem gerado muitas discussões no cenário político e científico, acontecendo desde suspensão/retomada de estudos até artigos sendo cancelados em revistas tradicionais.
Ontem, 15, a história ganhou um novo episódio, a Food and Drugs Administration (FDA) dos EUA revogou a autorização de uso de emergencial que permitia que o fosfato de cloroquina e sulfato de hidroxicloroquina fossem usados para tratar certos pacientes hospitalizados com Covid-19, nos cenários em que não fosse possível a inclusão em ensaios clínicos.
A justificativa para a decisão teve como base a análise de dados científicos emergentes. A agência declarou que é improvável que a cloroquina e a hidroxicloroquina sejam eficazes no tratamento da doença pelo novo coronavírus. Outro ponto considerado foram os efeitos colaterais da substância, incluindo eventos adversos cardíacos graves. Segundo o FDA, até o momento, os benefícios conhecidos e potenciais de cloroquina e hidroxicloroquina não superam mais os riscos do uso.
Ainda há ensaios clínicos em andamento para ajudar a esclarecer se há espaço para a hidroxicloroquina na Covid-19, porém a agência americana julgou que o uso emergencial não era mais apropriado.
Assista também: Nova atualização das evidências para hidroxicloroquina na Covid-19 [vídeo]
Hidroxicloroquina no Brasil
No Brasil, a hidroxicloroquina, além de seguir nos protocolos do Ministério da Saúde para tratamento de casos leves a graves de Covid-19, deverá ter uma nova indicação em breve. Segundo a secretária de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério, Mayra Pinheiro, em entrevista coletiva também no dia de ontem, 15, serão inclusas no protocolo as doses para crianças e gestantes, perfis que possuíam contraindicações nas recomendações anteriores.
Referências bibliográficas:
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