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Ortopedia24 novembro 2023

Qual a taxa de recidiva do tumor de células gigantes tenossinovial (TTCG)?

Uma análise retrospectiva de dados de prontuário de pacientes com TTCG tratados entre 2007 e 2018 foi feita em um hospital australiano.

O tumor de células gigantes tenossinovial (TTCG) também conhecido antigamente como sinovite vilonodular pigmentada é uma neoplasia benigna, rara, mais comum no joelho de mulheres entre 30 e 50 anos. Foi classificado nos tipos difuso e localizado, sendo o primeiro mais agressivo e com possibilidade de destruição precoce da articulação.  

O tratamento é preferencialmente realizado com ressecção pela via aberta, já que a via artroscópica pode levar a uma maior taxa de recidiva. Foi publicado esse mês na revista “Bone and Joint Open” um estudo com o objetivo de apresentar a experiência de um hospital terciário australiano no tratamento dessa patologia identificando fatores de risco para recidiva.  

Veja também: Fatores de risco para falha do reparo meniscal na reconstrução do LCA

TTCG

O estudo

Foi realizada uma análise retrospectiva de dados de prontuário de pacientes com TTCG tratados entre 2007 e 2018 por 2 ortopedistas oncológicos em um hospital universitário australiano. Todos os pacientes tinham diagnóstico por imagem de ressonância magnética e histopatológico e foram excluídos pacientes sem dados de follow-up de pelo menos 2 anos.  

Houve um total de 111 casos incluídos no estudo; 71 (64%) eram do sexo feminino e a média de idade foi 36 anos (DP 13,6), sendo o joelho (n = 64; 57,7%) a articulação mais acometida. Ao todo, 60 pacientes (54,1%) apresentavam a forma difusa da doença, e 94 pacientes (84,7%) apresentaram-se como “casos primários”. A taxa geral de recorrência foi de 46,8%.   

Houve uma diferença estatisticamente significativa nas taxas de recorrência entre a doença difusa e a localizada (75,0% vs 13,7%, risco relativo (RR) 3,40, intervalo de confiança (IC) de 95% 2,17 a 5,34; p < 0,001), e para aqueles que foram encaminhados no grupo “casos de revisão” em comparação ao grupo primário (82,4% vs 48,9%, RR 1,68, IC 95% 1,24 a 2,28; p = 0,011). Idade, sexo, volume do tumor e duração média dos sintomas não foram associados à recorrência (p > 0,05).  

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Conclusão

Levando em consideração o estudo, as taxas de recorrência permanecem altas mesmo em hospitais terciários de referência. As taxas mais altas são vistas na forma difusa e em “casos de revisão”.  

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Referências bibliográficas

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