Estudos recentes têm investigado os resultados do tratamento conservador e da abordagem cirúrgica para tratamento de pacientes após um primeiro episódio de luxação traumática do ombro. Uma recente revisão sistemática e metanálise, divulgada neste ano, foi elaborada para comparar os desfechos entre estabilização cirúrgica e imobilização nesses casos.
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Métodos
Foram incluídos nesta revisão estudos randomizados de nível 1, encontrados em fontes como PubMed, Cochrane Library e Embase. Foram incluídos pacientes com lesões nos tecidos moles e, adicionalmente, lesões ósseas menores (Hill-Sachs, Bankart). Os desfechos considerados foram taxas de instabilidade recorrente, necessidade de cirurgia subsequente, pontuações do Índice de Instabilidade do Ombro de Western Ontario Instability Index (WOSI) e amplitude de movimento. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, cinco estudos foram encontrados, os quais incluíram um total de 126 pacientes submetidos à estabilização cirúrgica e 133 à imobilização por tipoia.
Resultados
Constatou-se que os pacientes tratados com cirurgia apresentaram taxas significativamente menores de instabilidade recorrente (6,3% versus 46,6% na imobilização) e necessidade de cirurgia subsequente (4,0% versus 30,8%). Algumas evidências apontaram melhorias nas pontuações do WOSI e na amplitude de rotação externa em abdução em grupos específicos. O tempo de seguimento médio foi de 59,7 meses.
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Conclusão e mensagem prática
Este estudo sugere que pacientes submetidos à estabilização cirúrgica, especialmente homens ativos entre 20 e 30 anos, experimentam taxas substancialmente menores de instabilidade recorrente e uma redução considerável na necessidade de procedimentos cirúrgicos adicionais em comparação com aqueles tratados apenas com imobilização.
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