Um estudo recente analisou os fatores que podem levar à falha no reparo meniscal quando realizada simultaneamente à reconstrução primária do LCA. Confira as descobertas fundamentais e sua relevância.
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O estudo
Pesquisadores revisaram dados do Registro do LCA da Nova Zelândia e da Corporação de Compensação por Acidentes, focando em reparos meniscais durante a reconstrução do LCA. A Falha do reparo foi definida como uma reoperação subsequente para remover o menisco previamente reparado. Uma análise detalhada identificou os fatores de risco envolvidos nessas falhas. De 3.024 reparos meniscais analisados:
Reparo meniscal medial: Uso de enxertos autólogos do tendão dos músculos isquiotibiais mostrou risco mais elevado (HR ajustado [aHR]=2,20) para falhas, assim como pacientes de 21 a 30 anos (aHR=1,60) e lesões de cartilagem no compartimento medial (aHR=1,75).
Reparo meniscal lateral: Risco aumentado em pacientes com idade ≤20 anos (aHR=2,79), procedimentos realizados por cirurgiões com baixo volume de casos (aHR=1,84) e uso da técnica de perfuração transtibial para o túnel do enxerto femoral do LCA (aHR=2,30).
Resultados
Os resultados deste estudo sugerem que o uso de um enxerto autólogo do tendão dos músculos isquiotibiais, idade mais jovem e a presença de lesão na cartilagem do compartimento medial são fatores de risco para a falha na reparação meniscal medial, enquanto idade mais jovem, baixa experiência do cirurgião e a técnica de perfuração transtibial são fatores de risco para a falha na reparação meniscal lateral.
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Mensagem prática
Essas descobertas destacam a importância de compreender os fatores de risco envolvidos na falha na reparação meniscal durante a reconstrução do LCA oferecendo insights valiosos sobre os desafios e considerações nessas cirurgias.
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