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Ortopedia13 outubro 2023

TC altera o tratamento de patologias traumáticas da articulação carpometacárpica?

Luxações e fraturas-luxações das articulação carpometacárpica são difíceis de visualizar em radiografias simples.

As fraturas-luxaçōes carpometacárpicas são lesões relativamente raras e geralmente complexas e instáveis, necessitando tratamento cirúrgico. Caso não tratadas podem levar a redução da força da mão, instabilidade e artrose. O diagnóstico com radiografias pode ser difícil mesmo por profissionais treinados e a tomografia geralmente é o exame responsável por demonstrar lesões duvidosas. 

Foi publicado no último mês na revista “Hand” um estudo com o objetivo de determinar se a TC altera o diagnóstico ou o manejo de pacientes com luxações ou fraturas-luxaçōes da articulação carpometacárpica (CMC) em uma taxa significativa. 

Saiba mais: Quais são os resultados do uso de fixador interno para fratura-luxação da IFP?

TC altera o tratamento de patologias traumáticas da articulação carpometacárpica?

TC altera o tratamento de patologias traumáticas da articulação carpometacárpica?

Métodos 

Foi realizada uma revisão retrospectiva de pacientes que foram submetidos à fixação operatória de luxações ou fraturas-luxaçōes da articulação carpometacárpica de 2006 a 2021 em um hospital em San Diego (EUA). Os diagnósticos radiográficos e tomográficos foram revisados e correlacionados aos achados intraoperatórios e aos procedimentos realizados e análises estatísticas foram realizadas para avaliar a frequência com que 

a tomografia computadorizada mudou o manejo e a frequência de novos diagnósticos intraoperatórios. 

Resultados 

Setenta e cinco pacientes foram identificados, tendo todos realizado radiografia pré-operatória, e 27 pacientes (36%) também fizeram tomografia computadorizada. Pacientes vítimas de trauma de alta velocidade tiveram probabilidade significativamente maior de obter uma tomografia computadorizada do que pacientes com trauma de baixa velocidade (P = 0,019); entretanto, o número de diagnósticos adicionais não foi significativamente associado à velocidade do trauma (P = 0,35).  

As tomografias aumentaram significativamente o número de diagnósticos (P < 0,001) e mudaram o manejo operatório em 58% dos casos. Seis dos 48 pacientes (12,5%) que não realizaram tomografia computadorizada tiveram novos diagnósticos intraoperatórios, o que mudou o procedimento para cinco desses pacientes. Novos diagnósticos intraoperatórios foram identificados significativamente mais vezes quando os pacientes não realizaram uma tomografia computadorizada (P = 0,04). 

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Conclusão e mensagem prática 

A obtenção de uma tomografia computadorizada em pacientes com luxações ou fraturas-luxaçōes mudou o diagnóstico do paciente em uma taxa significativa e mudou o gerenciamento operacional em aproximadamente metade das vezes. Dessa maneira, a tomografia computadorizada deve ser utilizada de rotina nesses casos. 

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Referências bibliográficas

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