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Oncologia9 fevereiro 2024

Artepillin C, substância do própolis verde, é testada contra tumores

Pesquisadores avaliaram a ação do composto presente nesse tipo de própolis sobre células cancerígenas in vitro.

Resultados do estudo publicado na revista Life indicam que o Artepillin C, principal componente presente no própolis verde, teria potencial como produto antitumoral. De acordo com o artigo, a exploração de compostos bioativos provenientes de recursos naturais são uma fonte promissora de agentes terapêuticos. 

O estudo 

A análise foi realizada sobre os efeitos do Artepillin C em fibroblastos e células de glioblastoma com foco no efeito da variação de pH (6,0-7,4) sobre a citotoxicidade da substância. Através dos ensaios de viabilidade e imagem de células vivas, os autores notaram que, com o pH a 6,0, o Artepillin C demonstrou grande citotoxicidade levando a viabilidade das células de glioblastoma a menos de 12% (100 µM, 24 horas de exposição).  

Ensaios de LDH também indicaram dano substancial à membrana em aproximadamente 50% das células. As observações também sugeriram que o Artepillin C seria capaz de induzir autofagia e provocar efeito de empacotamento da membrana lipídica, contribuindo para morte celular. 

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Conclusão 

Para os autores os dados obtidos demonstram os mecanismos de ação do Artepillin C e suas potenciais aplicações em terapias futuras. Contudo, em entrevista à agência Fapesp, um dos autores do estudo, Wallance Moreira Pazin, professor assistente do Departamento de Física e Meteorologia da Faculdade de Ciências da Unesp também frisou que “ainda que exista uma alta eficiência nas atividades biológicas demonstradas em ensaios in vitro pelo uso desta molécula, destacamos que certas particularidades do composto dificultam sua administração oral ou tópica in vivo, tais como baixa eficiência de absorção e biodisponibilidade.  

Nesse contexto, para o avanço no uso do Artepillin C na terapia antitumoral são necessárias estratégias capazes de potencializar sua ação terapêutica, por exemplo, pelo uso de nanocarreadores que possibilitem a liberação controlada do composto.” 

Saiba mais: Aprovada a substância repotrectinib para tratamento de câncer de pulmão pela FDA 

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Referências bibliográficas

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