A Anvisa autorizou a realização do estudo clínico da terapia genética conhecida como CAR-T Cell, fruto de uma parceria entre a Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP) e o Instituto Butantan. O tratamento envolve a utilização de células do próprio paciente, que são retiradas, modificadas e reinseridas no paciente para combaterem o tumor.
A primeira fase do estudo deverá avaliar a segurança e a eficácia no tratamento de pacientes com leucemia linfoide aguda B e linfoma não Hodgkin B.
Ouça também: Entenda o que é a terapia com CAR-T cell [podcast]

CAR-T Cell
Segundo informações da agência, desde 2020, já foram aprovados três produtos do tipo CAR-T para o tratamento de cânceres, além de duas terapias genéticas para tratamento de doenças raras. Atualmente existem 40 ensaios clínicos envolvendo esse tipo de tratamento ocorrendo no país.
O tratamento com CAR-T Cell tem sido realizado feito de forma experimental e compassiva, quando as alternativas terapêuticas estão esgotadas; pacientes em estágio avançado da doença.
Casos recentes
Em junho, foi muito noticiado um caso de um paciente já encaminhado para cuidados paliativos e que teve 100% de remissão. O homem de 61 anos foi incluído no protocolo em 2022 e em maio de 2023 teve alta. No estudo do qual esse paciente fazia parte, dos 14 pacientes tratados, 69% tiveram remissão completa.
Saiba mais: Terceiro produto de terapia avançada para tratar câncer é aprovado no Brasil
Em um outro caso, em 2019, de um homem de 54 anos com câncer terminal também atingiu remissão e obteve alta depois de passar pelo tratamento.
Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal.
Autoria

Augusto Coutinho
Jornalista formado pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) em 2009, com extensão em Produção Editorial (UNESP) e Planejamento Digital (M2BR Academy).
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.