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Oftalmologia24 fevereiro 2025

SIMASP 2025: Inovações em drogas anti-fator de crescimento endotelial vascular

No SIMASP, foram discutidos aspectos relacionados às novas drogas anti-VEGF – Faricimab e Aflibercept 8mg

Durante o Simpósio Internacional de Atualizações em Saúde Ocular e Oftalmologia (SIMASP 2025), foi abordado aspectos relacionados às novas drogas anti-VEGF – Faricimab e Aflibercept 8mg. 

SIMASP

Faricimab 

O Faricimab é um anticorpo bi-específico que atua simultaneamente nos fatores de crescimento endotelial vascular A (VEGF-A) e angiopoietina-2 (Ang-2). Essa dupla inibição pode oferecer uma abordagem terapêutica mais eficaz para pacientes com edema macular diabético (EMD) e com degeneração macular relacionada à idade (DMRI) úmida, potencialmente reduzindo a frequência de injeções intravítreas necessárias e melhorando os resultados visuais. 

O Faricimab representa uma inovação promissora no tratamento do EMD e da DMRI úmida, oferecendo potencial para melhorar os resultados visuais e reduzir a carga terapêutica (número de injeções intravítreas) para os pacientes. No entanto, são necessários estudos adicionais de longo prazo para confirmar sua eficácia e segurança em populações mais amplas.  

Leia mais: Resultados reais de um ano do Faricimab intravítreo para degeneração macular

Principais Pontos Avaliados no Estudo: 

  • Número de injeções: Pacientes com DMRI tratados com Faricimab receberam, em média, 2,42 injeções a menos do que aqueles tratados com outras terapias anti-VEGF. Para pacientes com EMD, a redução média foi de 0,93 injeções. 
  • Eficácia visual: Não houve diferença significativa na melhora da acuidade visual corrigida entre os grupos tratados com Faricimab e outras terapias. 
  • Espessura central da retina: Em pacientes com EMD, o Faricimab mostrou uma redução significativa em comparação com outras terapias anti-VEGF. 
  • Segurança: A incidência de eventos adversos, incluindo eventos oculares e sistêmicos, foi semelhante entre os grupos, indicando uendofarim perfil de segurança comparável entre os fármacos. 

Aflibercept 8mg 

O aflibercepte é um inibidor da via do VEGF e do fator de crescimento placentário (PlGF do inglês – Placental Growth Factor). Seu mecanismo de ação baseia-se na neutralização do VEGF-A e do PlGF, evitando sua interação com os receptores endoteliais e, consequentemente, inibindo a angiogênese anômala e o aumento da permeabilidade vascular. 

O aflibercepte, mesmo na dose de 2mg, tem afinidade maior pelo VEGF-A em comparação a outros anti-VEGFs, como ranibizumabe e bevacizumabe, permitindo um intervalo maior entre as aplicações intravítreas, reduzindo a carga de tratamento para os pacientes. 

Os estudos sugerem que o Aflibercept na dose de 8 mg pode oferecer benefícios terapêuticos adicionais em relação à dose de 2 mg, incluindo potencial para melhor controle da doença e redução da carga de tratamento devido a intervalos mais prolongados entre as injeções intravítreas.  

Veja também: SIMASP 2025: Atualizações – DMRI atrófica perspectivas de tratamento

Principais Pontos Avaliados no Estudo: 

  • Proporção de olhos sem fluido na região central da retina: Na semana 16 do estudo foram avaliados os pacientes tratados com a dose de 8mg x 2mg, e 50,9% dos olhos tratados com 8 mg estavam sem fluido, em comparação com 34,0% no grupo de 2 mg. Na semana 44, foram de 39,6% e 28,3%, respectivamente. 
  • Espessura central da retina: A redução média na espessura central da retina na semana 44 foi de 159,4 µm no grupo de 8 mg e 137,2 µm no grupo de 2 mg. 
  • Melhora na acuidade visual corrigida: A melhora média na semana 44 foi de +7,9 letras no grupo de 8 mg e +5,1 letras no grupo de 2 mg. 
  • Segurança: Não foram observadas diferenças significativas nos perfis de segurança entre os dois grupos ao longo de 44 semanas. 

O que podemos concluir? 

O Faricimab e o Aflibercept na dose de 8 mg demonstram eficácia não inferior, e em alguns aspectos superior, às terapias anti-VEGF tradicionais, com a vantagem de intervalos de dosagem mais prolongados. Isso pode levar a uma redução na frequência de injeções e potencialmente melhorar a adesão ao tratamento. No entanto, são necessários estudos de acompanhamento a longo prazo para confirmar esses achados e avaliar os efeitos sustentados dessas terapias.  

 

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