O hemangioma capilar é o tumor palpebral vascular benigno mais comum na infância. Está presente em 1% a 4% de todos os nascimentos e é mais comum em bebês prematuros, meninas e após biópsia de vilosidades coriônicas. Pode apresentar-se como uma pequena lesão isolada ou uma grande massa, causando perda visual. É um tumor de natureza benigna, composto da anastomose de pequenos canais vasculares sem encapsulação verdadeira.
Leia mais: Controle de miopia a longo prazo em crianças que usam óculos com tecnologia DIMS
Geralmente é uma lesão cutânea, subcutânea ou orbital profunda e se apresenta algumas semanas após o nascimento. A lesão superficial é, em geral, de cor vermelho vivo, brilhante, elevada e unilateral que descora e pode aumentar de tamanho e mudar de cor para um azul forte durante o choro ou esforço. Tanto pulsação como sopro estão ausentes.
O curso clínico usual dos hemangiomas cutâneos ou subcutâneos infantis inclui um ingurgitamento inicial (idade de 6 a 12 meses) seguido de regressão (idade de 1 a 7 anos). Geralmente regride espontaneamente e, portanto, é mantido sob observação. O diagnóstico é clínico.
Diagnóstico
A tomografia computadorizada pode ser necessária no envolvimento profundo, quando o diagnóstico não é aparente na inspeção. A lesão aparece como massa homogênea de tecido macio na órbita anterior ou como massa extraconal com expansões digitiformes posteriores. A cavidade orbitária pode mostrar-se aumentada, mas sem erosão óssea. O ultrassom pode ser utilizado para mostrar as relações anatômicas e a extensão do tumor.
Tratamento
A intervenção ativa é realizada apenas se a lesão for muito extensa e causar ambliopia, ptose mecânica, ceratopatia de exposição ou neuropatia óptica. As modalidades de tratamento para hemangiomas cutâneos ou subcutâneos incluem betabloqueadores tópicos e orais, esteroides locais e orais, excisão cirúrgica, imunoterapia, fotocoagulação a laser com laser de corante pulsado e embolização.
Embora a conjuntiva possa estar envolvida como parte do hemangioma capilar da pálpebra, a lesão conjuntival isolada é rara e sua presença congênita é mais rara. Em uma série de 1.463 casos de tumores conjuntivais estudados, apenas dez eram hemangiomas capilares, formando 16% dos tumores vasculares conjuntivais, apenas 1% de todos os tumores conjuntivais.
Veja ainda: O que eu preciso saber sobre Amaurose Congênita de Leber (ACL)?
Normalmente, os hemangiomas da conjuntiva são pequenos e requerem apenas observação. Chang e Estes relatam o uso de timolol tópico no tratamento de pequenos hemangiomas conjuntivais bulbares. O uso de propranolol oral também é relatado no tratamento impedindo o crescimento do tumor e promovendo a diminuição do volume da lesão de forma mais regular que o corticoide.
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.