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Neurologia9 setembro 2018

Cefaleias Pós-Traumáticas: Quais os tipos?

As cefaleias pós traumáticas estão incluídas na Classificação internacional das Cefaleias. Elas são dispostas no grupo de cefaleias Secundárias

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As cefaleias pós-traumáticas são definidas como um grupo de cefaleias secundárias em que os sintomas se iniciam num período de sete dias após o trauma como condição inicial para estabelecer o diagnóstico.

Esse grupo de cefaleias secundárias se caracteriza por:

  • Prevalência variável, de 30% a 90% em diversos estudos pelo mundo;
  • São mais comuns após traumatismo crânio-encefálico leve do que moderado a grave, o que parece ser paradoxal;
  • Apresentação clínica semelhante a de cefaleias primárias, sendo as mais comuns sintomas tipo migrânea e do tipo tensional;
  • Mais comum em quem já tinha cefaleia primária;
  • Pode agravar a cefaleia primárias em cerca de 15%;
  • O diagnóstico é clínico.

LEIA TAMBÉM: Cefaleia na emergência – quais red flags devo procurar?

cefaleias

Tipos de cefaleias pós-traumáticas

Os tipos de cefaleias pós-traumáticas são:

1) Cefaleia Aguda Atribuída à lesão traumática crânio-encefálica

2) Cefaleia Persistente Atribuída à lesão traumática crânio-encefálica

3) Cefaleia aguda atribuída à lesão em contragolpe (Whiplash): Não há a necessidade de ocorrência de trauma direto, sendo causada pela ocorrência súbita de movimentos de aceleração e desaceleração da cabeça com flexão e extensão do pescoço. Geralmente ocorre em casos automobilísticos.

4) Cefaleia Persistente atribuída à lesão em contragolpe (Whiplash): O que as diferencia do quadro agudo é o tempo de permanência do quadro de dor. Aguda permanece por até 3 meses, enquanto persistente por mais de 3 meses.

5) Cefaleia aguda atribuída à craniotomia: Pode ocorrer em 2/3 de todos os pacientes submetidos à craniotomia, sendo mais comum em craniotomias de base de crânio. Geralmente desaparece logo nos primeiros dias de pós-operatório.

Situação plausível de acontecer é uma craniotomia realizada devido a um trauma crânio-encefálico, nestes casos devemos classificar a cefaleias pós-traumática como atribuída à lesão traumática crânio-encefálica.

6) Cefaleia persistente atribuída à craniotomia

Referências:

  • Bell C, Hackett J, Hall B, Pülhorn H, McMahon C, Bavikatte G. Symptomatology
    following traumatic brain injury in a multidisciplinary clinic: experiences from
    a tertiary centre. Br J Neurosurg. 2018 Jul 10:1-6. doi:
    10.1080/02688697.2018.1490945. [Epub ahead of print] PubMed PMID: 29989436.
  • Cnossen MC, Naalt JV, Spikman JM, Nieboer D, Yue JK, Winkler EA, Manley GT,
    Steinbuechel NV, Polinder S, Steyerberg EW, Lingsma HF. Prediction of Persistent
    Post-Concussion Symptoms after Mild Traumatic Brain Injury. J Neurotrauma. 2018
    Jul 23. doi: 10.1089/neu.2017.5486. [Epub ahead of print] PubMed PMID: 29690799.
  • Langdon R, Taraman S. Posttraumatic Headache. Pediatr Ann. 2018 Feb
    1;47(2):e61-e68. doi: 10.3928/19382359-20180131-01. Review. PubMed PMID:
    29446796.
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