Variante XBB 1.5: Anvisa aprova registro de vacina contra covid-19 atualizada

Após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina monovalente contra covid-19, Comirnaty, receberá atualização para a subvariante XBB 1.5. De acordo com a agência, essa é a primeira atualização autorizada em uma vacina monovalente, mas há pedidos referentes a vacinas de fabricantes diferentes em análise.

Subvariantes

Essa mutação da variante Ômicron, batizada de Kraken, gerou preocupação mundial no final de 2021 por apresentar grande capacidade de evasão contra os anticorpos produzidos pelos imunizantes da época e mesmo os gerados por pessoas que já haviam sido infectadas.

Estudo do início de 2023 indicava que 43% dos casos de covid-19 nos Estados Unidos eram devido a essa variante. Contudo, desde seu surgimento, uma grande quantidade de variantes e subvariantes surgiram, e “disputam” o posto de mais dominante nas infecções, como a variante Eris e a variante Arcturus, que além dos sintomas da covid-19 ainda foi responsável por casos de conjuntivite em crianças.

No início de dezembro de 2023, o Ministério da Saúde reforçou a necessidade de vacinação para enfrentar as frequentes mutações do vírus, depois da detecção de duas novas subvariantes em território nacional, a JN.1 e a JN.3.

Reforço de vacinação

A vacina contra covid-19 será incluída no calendário anual de vacina a partir de 2024 para aplicação em crianças e pessoas de grupos prioritários, demonstrando a necessidade de vigilância e prevenção constantes contra o vírus responsável pela pandemia que assolou o mundo nos últimos anos.

Ao mesmo tempo, a procura pelas doses de reforço bivalente pelo público geral segue baixa, com por volta de 32 milhões de doses aplicadas apenas, um valor baixo para o tamanho da população.

Na Semana Epidemiológica 50 (de 10/12/2023 a 16/12/2023), a última com dados disponíveis até a publicação dessa notícia, foram registrados quase 30 mil casos de infecção por SARS-CoV-2 e 136 óbitos em decorrência da doença, números baixos se comparados com as piores semanas da pandemia, mas que ainda impactam e poderiam ser menores com o reforço da vacinação.