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Infectologia8 outubro 2022

Vírus da poliomielite é detectado em fezes no Pará após reação vacinal

A Vigilância em Saúde do estado do Pará comunicou a presença de Poliovírus nas fezes de uma criança de 3 anos, mas caso foi reação vacinal.

Por Redação Afya

A Diretoria de Vigilância em Saúde do estado do Pará (DVS/SESPA) publicou um comunicado na quarta-feira (05) no qual atesta resultado positivo para Poliovírus em uma criança de 3 anos. O caso, porém, não se trata de paralisia infantil.

A Vigilância Epidemiológica do município de Santo Antônio do Tauá, onde a criança reside, informou que realizou visita domiciliar e solicitou pesquisa de Poliovírus nas fezes do paciente. A criança não recebeu as doses da VIP previamente.

Segundo as informações, o menino apresentou sintomas no dia 21 de agosto de 2022, com febre, dores musculares, mialgia e quadro de paralisia flácida aguda (PFA). A presença do vírus foi investigada e, após três dias, o Ministério da Saúde divulgou o parecer.

Poliomielite novos casos são diagnosticados em 2022

Esclarecimento do Ministério da Saúde

A pasta informou não se tratar de poliomielite. Segundo nota oficial divulgada, o caso ocorrido no município de Santo Antônio do Tauá é de “paralisia flácida aguda”.

Segundo as autoridades de saúde, esse tipo de paralisia é, em geral, atribuído ao uso da chamada vacina poliomielite oral (VOP) sem que, antes, tenha sido aplicada a vacina inativada poliomielite (VIP).

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“Na caderneta de vacinação da criança não consta registro de vacina inativada poliomielite (VIP), que deve ser administrada anteriormente à VOP. Em geral, a vacina poliomielite oral (VOP) é bem tolerada, e muito raramente está associada a algum evento adverso grave. Destaca-se que o risco de paralisia flácida aguda com a VOP é muito raro e que quando a VOP é aplicada como reforço após o esquema básico com a vacina VIP esse risco é praticamente nulo”, informou, em nota, o ministério.

Poliomielite erradicada

Em 1994, o Brasil recebeu o certificado de área livre de circulação do Poliovírus selvagem (PVS) da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

É importante, para que a doença não volte a circular no território, manter as crianças com menos de 5 anos protegidas com a vacina e com uma vigilância ativa das PFA em menores de 15 anos.

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Referências bibliográficas

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