Logotipo Afya
Anúncio
Pediatria9 agosto 2018

Febre Amarela no Brasil: boletim da Sociedade Brasileira de Infectologia

Ocorreu no início desse ano um surto de febre amarela, especialmente em SP. De julho de 2017 até abril de 2018 foram 1.127 casos confirmados e 328 óbitos.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Ocorreu no início desse ano um surto de febre amarela, especialmente no estado de São Paulo. De julho de 2017 até abril de 2018 foram 1.127 casos confirmados e 328 óbitos (números significativamente maiores que o do período anterior). Tivemos a campanha iniciada no fim de janeiro nesse ano para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo e a polêmica sobre o fracionamento da dose, medida justificada pelo objetivo de se alcançar a imunização de uma parte maior da população em curto espaço de tempo diante de casos crescentes em SP e MG. E a vacinação em massa é uma das mais importantes medidas para evitarmos novo surto em 2019.

Além de informarmos a população sobre a importância de ser imunizado, é preciso orientar sobre a segurança da vacina (taxa baixa de complicações), sobre as formas de transmissão e que a doença tem potencial de formas graves que não têm relação necessária com idade e/ou comorbidades dos pacientes. É claro que, após o fim do verão, o número de casos diminuiu, mas é importante não corrermos riscos de novo surto, talvez pior, em 2019.

Outro aspecto abordado no boletim da SBI é o de se pesquisar eventuais tratamentos com antivirais para os já infectados, levantando-se a possibilidade de se testar o Sofosbuvir, que já é utilizado em Hepatite C crônica e que possui atividade antiviral in vitro para o vírus da Zika. Esses três vírus (Zika, Hep C e Febre Amarela) são da mesma família (Flaviviridae).

O lado ambiental também é abordado, uma vez que se trata de uma doença silvestre que tem alto risco de “urbanização” devido à destruição e invasão da paisagem silvestre. Tipicamente, o ciclo da doença silvestre envolve os mosquitos do gênero Haemagogus que têm nos macacos silvestres o seu hospedeiro “natural”, mas que no ciclo urbano envolvem o “famoso” Aedes aegypti e os seres humanos.

É médico e também quer ser colunista do Portal da PEBMED? Inscreva-se aqui!

Referências:

Anúncio

Assine nossa newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Ao assinar a newsletter, você está de acordo com a Política de Privacidade.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo