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Infectologia10 abril 2018

Diarreia por C. difficile: uso de probióticos na prevenção / tratamento é eficaz?

Com base na premissa de que os probióticos são uma potencial estratégia de prevenção, pesquisadores avaliaram a eficácia e segurança dos probióticos na prevenção da diarreia associada ao C. difficile em adultos e crianças.

Por Vanessa Thees

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Os antibióticos afetam a flora intestinal, o que pode levar à redução da resistência a patógenos, como o Clostridium difficile. Com base na premissa de que os probióticos, quando administrados em quantidades adequadas, são uma potencial estratégia de prevenção, pesquisadores avaliaram a eficácia e segurança dos probióticos na prevenção da diarreia associada ao C. difficile em adultos e crianças.

Para essa meta-análise, pesquisadores utilizaram as bases do PubMed, EMBASE, CENTRAL e Cochrane IBD Group Specialized Register, desde a origem até 2017, para encontrar ensaios randomizados sobre probióticos na prevenção de diarreia ou infecção por C. difficile.

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Resultados

Trinta e nove estudos com 9.955 participantes (7.000 eram pacientes internados, 7.800 eram adultos, 1.100 eram crianças e 2. 500 tinham risco inicial de diarreia por C. difficile > 5%) foram selecionados. Em geral, a análise mostrou que os probióticos reduzem o risco de diarreia por C. difficile em 60%.

A incidência de diarreia por C. difficile foi:

– Todos os pacientes: grupo probióticos 1,5%, grupo controle 3,9%; NNT 42
– Pacientes internados: probióticos 1,7%, controle 4,2%; NNT 40
– Adultos: probióticos 1,4%, controle de 3,3%; NNT 53
– Crianças: probióticos 2,5%, controle 7,5%; NNT 20
– Pacientes com risco de diarreia por C. difficile > 5%: probióticos 3,1%, controle 11,6%; NNT 12

Os eventos adversos foram avaliados em 32 estudos (8.305 participantes) e a análise indicou que os probióticos reduziram o risco em 17% (RR 0,83, IC de 95%: 0,71 a 0,97). Os eventos adversos mais comuns em todos os grupos incluíram cólicas abdominais, náuseas, febre, fezes moles, flatulência e distúrbios do paladar.

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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

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