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Ginecologia e Obstetrícia14 abril 2022

Uso de testosterona em mulheres: quais são as novas recomendações?

A testosterona é uma importante substância de pesquisa para mulheres com desejo sexual hipoativo, tanto na menacme quanto no climatério.

A testosterona é uma importante substância de pesquisa para mulheres com desejo sexual hipoativo, tanto na menacme quanto na síndrome climatérica, embora ainda seja muito controverso o seu uso e sua dosagem laboratorial no meio médico.

Leia também: Testosterona aumentada após a menopausa: o que devemos saber?

Uso de testosterona em mulheres quais são as novas recomendações

Uso de androgênios no período reprodutivo:

  • Não existe evidência para o uso de terapia androgênica em mulheres na adolescência, mesmo em casos de hipogonadismo por causas ovarianas (falência ovariana prematura) ou centrais.
  • Não existe evidência para terapia androgênica de rotina em mulheres adultas com hipopituitarismo, hipogonadismo hipogonadotrófico, insuficiência adrenal e anorexia nervosa.
  • A terapia androgênica, preferencialmente pela via transdérmica, pode ser considerada para mulheres com falência ovariana prematura (FOP) ou menopausa cirúrgica com queixas de d (DSF), em adição à terapia estroprogestagênica.
  • Não é recomendado o uso de androgênios e esteroides anabolizantes para fins estéticos.
  • A dosagem de testosterona total ou o cálculo do índice de androgênios livres podem ser utilizados para controle da reposição androgênica em mulheres, porém as técnicas laboratoriais disponíveis não apresentam sensibilidade adequada.

Ouça: TOP 5: testosterona em mulheres, taquicardias e mais! [podcast]

Uso de androgênios no climatério

  • Não é recomendado estabelecer o diagnóstico de insuficiência androgênica baseado em concentrações baixas de androgênios séricos.
  • Os androgênios são indicados para o tratamento da DSH, porém, até o presente momento, não existe nenhuma terapia androgênica específica aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA), sendo os dados insuficientes para assegurar eficácia e segurança a longo prazo.
  • As pacientes devem ser orientadas quanto à escassez de estudos de segurança a longo prazo. A curto prazo, os eventos adversos mais relatados são aumento de crescimento de pelos no local da aplicação e acne.
  • Doses fisiológicas de testosterona transdérmica, associadas ou não a estrogenioterapia, são efetivas para o tratamento do DSH em mulheres após a menopausa, porém não há formulações disponíveis em nosso país, até o momento.
  • Testosterona em gel, formulada em farmácias magistrais, pode ser considerada uma opção terapêutica para o DSH, em mulheres na pós-menopausa, por ser a única forma de tratamento medicamentoso com testosterona natural disponível até o presente momento.
  • Recomenda-se dosar testosterona antes de iniciar o tratamento e após três a seis semanas de uso, para evitar níveis suprafisiológicos, além de monitorar o aparecimento de potenciais efeitos de excesso de androgênios.
  • Se não houver melhora satisfatória do DSH em até seis meses de uso da testosterona, o tratamento deve ser suspenso. Não há dados sobre a segurança do tratamento após dois anos de uso.
  • A DHEA via vaginal foi aprovada recentemente pelo FDA [prasterone (Intrarosa)] para o tratamento da síndrome geniturinária da menopausa, embora não esteja disponível no Brasil, até o presente momento. Tem mostrado efetividade no tratamento da dispareunia por atrofia da mucosa vaginal.
  • Não existe evidência para recomendação do uso de androgênios para retardar o declínio cognitivo.
  • Em vista da escassez de estudos mais consistentes, não se recomenda o tratamento com androgênios para melhorar a massa óssea na pós-menopausa.
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Referências bibliográficas

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