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Saúde31 março 2020

Síndrome geniturinária pós-menopausa, qual melhor tratamento?

Um estudo clínico randomizado comparou a eficácia e segurança de dois tratamentos para os sintomas da Síndrome Geniturinária da Menopausa (GSM).

Um estudo clínico randomizado comparou por 6 meses a eficácia e segurança do tratamento com Laser de CO2 fracionado e o uso de creme vaginal a base de estrogênio nos sintomas da síndrome geniturinária pós-menopausa (GSM). Foram incluídas no estudo mulheres na menopausa, com sintomas significativos de atrofia vaginal e excluídas mulheres com prolapsos genitais a partir do grau II, submetidas a cirurgias pélvicas recentes, com infecção genital ativa, histórico de tumores estrogênio dependentes, portadoras de doenças autoimunes, líquen escleroso e plano, doenças crônicas graves e que fizeram algum tipo de tratamento para as queixas de atrofia vaginal no último mês.

Paciente se consulta com médica para saber qual melhor tratamento para Síndrome Geniturinária pós-menopausa.

Síndrome geniturinária pós-menopausa

A atrofia vulvovaginal tem como uma de suas manifestações a síndrome geniturinária da menopausa, caracterizada pela involução do epitélio da vagina e da vulva a partir do declínio do estrogênio característico desta fase. Além disso, mais de 50% das mulheres na menopausa também se queixam de diminuição da elasticidade, ressecamento vaginal, dispareunia, sensação de queimação, coceira e irritação, e queixas urinárias como disúria. Esses sintomas têm impacto negativo significativo na vida sexual e qualidade de vida da mulher.

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Resultados

Foram selecionadas 69 pacientes, sendo 34 para o grupo do laser de CO2 vaginal e 35 para o grupo do estrogênio vaginal. Concluiu-se ao final do trabalho de 6 meses que os resultados foram similares com o uso da terapia com laser vaginal e estrogênio vaginal para as queixas geniturinárias, função sexual, sintomas urinários, assim como a satisfação das pacientes com o tratamento proposto.

Leia também: Como abordar infecção do trato urinário de repetição em mulheres?

Estudos sobre o mecanismo de ação do laser de CO2 no epitélio vaginal foram publicados. Em um deles, a avaliação microscópica foi realizada 1 hora após o tratamento com laser e foi possível observar a ativação de agentes regenerativos no tecido conjuntivo, com a formação de novos vasos sanguíneos, e novo colágeno. Essas alterações levam ao remodelamento do tecido vaginal, e aumento da lubrificação, promovendo melhora dos sintomas clínicos da menopausa.

O laser de CO2 mostrou-se seguro e eficaz no tratamento dos sintomas da GSM. Preliminarmente, o laser de CO2 e o estrogênio vaginal resultaram em satisfação do paciente e melhores resultados clínicos. A terapia com laser pode ser considerada para o tratamento a curto prazo da GSM, mas estudos adicionais com acompanhamento a longo prazo, são necessários.

Referências bibliográficas:

  • Paraiso MFR, et al. A randomized clinical trial comparing vaginal laser therapy to vaginal estrogen therapy in women with genitourinary syndrome of menopause: The VeLVET Trial. Menopause: The Journal of The North American Menopause Society. Vol. 27, No. 1, pp. 000-000. DOI: 10.1097/GME.0000000000001416
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