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Ginecologia e Obstetrícia23 fevereiro 2022

Síndrome anticorpo antifosfolípide: uma abordagem geral do cenário obstétrico

O diagnóstico da Síndrome Anticorpo Antifosfolípide é realizado através da presença de um critério clínico e um critério laboratorial.

Por Juliana Esteves

A síndrome anticorpo antifosfolípide (SAAF) causa trombose venosa, arterial e de pequenos vasos, abortamentos e parto prematuro em pacientes com pré-eclâmpsia grave ou insuficiência placentária. Outras manifestações clínicas são  doença valvular cardíaca, microangiopatia trombótica renal, trombocitopenia, anemia hemolítica.  

Os anticorpos antifosfolípides promovem a ativação de células endoteliais, monócitos e plaquetas, superprodução de fator tecidual e tromboxano A2. A ativação do complemento pode ter um papel patogenético central. 

Síndrome Anticorpo Antifosfolípide
Figura 1: Fisiopatologia dos anticorpos antifosfolipídeos e trombose
Síndrome Anticorpo Antifosfolípide
Figura 2: Diagnóstico da Síndrome Anticorpo Antifosfolípide

Diagnóstico da Síndrome Anticorpo Antifosfolípide

O diagnóstico de SAAF é realizado através da presença de um critério clínico e um critério laboratorial conforme as figuras 3 e 4 . 

Síndrome Anticorpo Antifosfolípide
Figura 3: Critério clínicos para diagnóstico de Síndrome Anticorpo Antifosfolípide

 

Síndrome Anticorpo Antifosfolípide
Figura 4: Critérios laboratoriais para diagnóstico de Síndrome Anticorpo Antifosfolípide

A SAAF pode ter um cenário exclusivamente obstétrico com os abortamentos de repetição e os partos prematuros. 

O abortamento recorrente ocorre em cerca de 1% dos população em geral tentando ter filhos. 

Aproximadamente 10-15% das mulheres com aborto recorrente são diagnosticadas com SAAF. 

A morte no segundo ou terceiro trimestre da gravidez ocorre em até 5% das gestações sendo menos prováveis à medida que a gravidez avança. Embora a morte fetal esteja ligada à SAAF contribuição desta síndrome é incerta, em parte devido ao efeito de outras possíveis contribuições como hipertensão, lúpus eritematoso sistêmico ou doença renal.  

Cerca de 5 a 10% de todas as gestações são complicadas por pré-eclâmpsia ou insuficiência placentária (manifestada por restrição de crescimento fetal), ou ambos, e manifestações desses distúrbios são responsáveis ​​por cerca de 75% de partos prematuros indicados. 

Mulheres grávidas com diagnóstico prévio de SAAF têm maior risco de desenvolver pré-eclâmpsia ou insuficiência placentária,  

A tromboprofilaxia primária é recomendada em pacientes com lúpus eritematoso e provavelmente na SAAF puramente obstétrica. A assistência obstétrica é baseada em 

combinação médico-obstétrica de alto risco e tratamento com aspirina e heparina. A hidroxicloroquina é um potencial tratamento adicional para esta síndrome. 

Quer saber mais sobre gestação de alto risco? Conheça a GARexp, equipe formada por quatro obstetras que, através de um olhar diferenciado com vida acadêmica dedicada ao ensino e pesquisa, tem o desejo de aprofundar o conhecimento sobre a verdadeira “gestação de risco”.

Confira outros conteúdos da parceria da PEBMED com a GARexp:

Referências bibliográficas: 

  • Ann Rheum Dis 2019;78:1296–1304. 
  • Journal of Thrombosis and Haemostasis, 4: 295–306 

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