As mudanças anatômicas causadas pelo prolapso pélvico na mulher trazem bastante desconforto e prejuízo no convívio social delas. Desde a presença, causando dor e prejuízo na atividade sexual, até perda urinária devido aos esforços. Os tratamentos podem ir desde fisioterapia para reforço da musculatura pélvica e uso de pessários, até procedimentos cirúrgicos mais invasivos com uso de telas heterólogas para sustentação do assoalho pélvico.
Poucos estudos grandes têm avaliado a qualidade de vida de pacientes usando pessários no tratamento do prolapso genital. Assim, uma revisão sistemática com 1.201 artigos de diferentes bases (Pubmed, EMBASE e CINAHL) foi publicada em setembro deste ano no Obstetrics & Gynecology para avaliar a qualidade de vida de mulheres usando os pessários para tratar essas distopias genitais.
Métodos e resultados
Um total final de 627 pacientes de 8 estudos foi utilizado para análise final. Apesar das limitações das revisões sistemáticas como a heterogeneidade das amostras entre os trabalhos, o uso de pessários melhorou a qualidade de vida dessas pacientes.
Mesmo com a heterogeneidade das amostras houve melhoras nas respostas dos questionários de qualidade de vida aplicados. A maioria das pacientes apresentava distopia importante com prolapsos grau III (48% dos casos). A maioria dos estudos fez seguimento iniciais de 3 meses das pacientes. Os tratamentos variaram em tempo de até 12-24 meses.
Considerações
As taxas de descontinuidade foram pequenas e principalmente pela dificuldade de reter o pessário no canal vaginal com perda do mesmo (sensação de peso na vagina e desconforto para micção).
Conclusão
O estudo concluiu que o tratamento para as distopias genitais deve ser individualizado, mas, em pacientes selecionadas o uso de pessários se mostrou efetivo e seguro para o tratamento de prolapso de órgãos pélvicos, com melhora na qualidade de vida dessas mulheres.
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