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Ginecologia e Obstetrícia21 agosto 2023

Magnésio intravenoso entre as semanas 30 e 34 para desenvolvimento neonatal

Estudo sobre o uso de sulfato de magnésio intravenoso foi conduzido em 24 hospitais australianos e neozelandeses.

Um ensaio clínico randomizado foi publicado recentemente no JAMA com o objetivo de determinar se a administração de sulfato de magnésio entre 30 e 34 semanas de idade gestacional reduz o óbito ou paralisia cerebral da prole em dois anos.

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A literatura já está bem definida que o sulfato de magnésio intravenoso administrado a gestantes antes do nascimento com menos de 30 semanas reduz o risco de óbito e paralisia cerebral em suas crianças. Os efeitos em idades gestacionais posteriores não são claros ainda.

Magnésio intravenoso entre as semanas 30 e 34 para desenvolvimento neonatal

Metodologia

Este ensaio clínico randomizado recrutou gestantes com parto previsto entre 30 e 34 semanas de gestação e foi conduzido em 24 hospitais australianos e neozelandeses entre janeiro de 2012 e abril de 2018. A intervenção foi o uso de sulfato de magnésio intravenoso (4g) e o grupo controle recebeu placebo.

O desfecho primário foi óbito (natimorto, óbito neonatal antes da alta e óbito após alta hospitalar até 2 anos de idade) ou paralisia cerebral (perda da função motora e anormalidades do tônus e força muscular) aos 2 anos de idade. Houve 36 resultados secundários que avaliaram a saúde da gestante, neonato e criança.

Resultados

Entre o período de estudo, 1.433 gestantes foram randomizadas e incluídas no estudo (1.679 crianças). Foram 729 (51%) gestantes para o grupo que recebeu sulfato de magnésio (858 crianças) e 704 (49%) gestantes (821 crianças) para o grupo que recebeu placebo,

Óbito ou paralisia cerebral aos 2 anos não foi significativamente diferente entre os grupos de magnésio e placebo (3,3% vs 2,7%, respectivamente; diferença de risco, 0,61% [IC 95%, -1,27% a 2,50%]; risco relativo [RR], 1,19 [IC 95%, 0,65 a 2,18]). Os componentes do desfecho primário não diferem entre os grupos.

Os recém-nascidos no grupo de magnésio eram menos propensos a ter problemas respiratórios e doença pulmonar crônica.

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Conclusões

Este ensaio clínico randomizado incluindo 1.433 gestantes em risco de parto prematuro e suas 1.679 crianças não encontrou nenhuma diferença significativa em óbito ou paralisia cerebral em 2 anos entre crianças expostas ao sulfato de magnésio comparado com placebo.

Sulfato de magnésio antes do parto prematuro entre 30 e 34 semanas gestação não aumentou a chance de sobrevivência sem paralisia cerebral, embora este estudo tenha limitado poder.

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Referências bibliográficas

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