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Ginecologia e Obstetrícia16 setembro 2022

Função sexual feminina após reparo do prolapso uterovaginal

Uma a cada três mulheres em parto tem incontinência urinária, uma a cada duas tem prolapso genital e uma em cada dez tem incontinência fecal.

A presença de uma distopia genital afeta a sexualidade da mulher de modo bastante importante. Infelizmente, a situação de disfunção do assoalho pélvico é comum entre as mulheres. Uma a cada três mulheres com partos tem incontinência urinária, uma a cada duas tem prolapso genital e uma em cada dez tem incontinência fecal. Além da disfunção sexual que esses problemas trazem, efeitos psicológicos e piora na qualidade de vida social também acompanham essas mulheres.  

Hoje existem técnicas variadas para o reparo dessas distopias. Um trabalho publicado no The Journal of Obstetrics and Gyneacology Research no começo de setembro de 2022 avaliou 27 mulheres, entre maio de 2014 a abril de 2019, no serviço de uroginecologia no Egito.  

hemorragia pós-parto

Métodos

Nesse estudo transversal, as mulheres sem desejo de histerectomia pelo prolapso foram selecionadas para fixação no ligamento sacroespinhoso. Antes da cirurgia e seis meses após o procedimento as pacientes foram submetidas a um questionário de avaliação de função sexual. As mulheres tinham em média 36,5 anos.  

Resultados 

Somente três realizaram fixação no ligamento sacroespinhoso. Os outros procedimentos utilizados foram colporrafia anterior, colporrafia posterior e perineorrafia. Com relação às respostas na esfera sexual houve melhora do orgasmo (p = 0,03) e da satisfação sexual (p = 0,001). Entretanto, houve piora da dor durante o ato sexual (p = 0,017).  Nos outros três domínios do score sexual (composto por seis domínios: desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e desconforto/dor) a melhora foi insignificante.

Leia também: Qual o custo-benefício do uso de sling retropúbico profilático na cirurgia de prolapso vaginal?

Mensagem prática 

A conclusão final foi que o uso da histerofixação sacroespinhosa para correção de prolapso pélvico apresentou melhora apenas nos domínios orgasmo e satisfação. Com viés de apresentar piora da dor no ato sexual após o procedimento.

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Referências bibliográficas

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