Fatores de risco para leiomiomatose uterina
Leiomiomatose uterina (LU) é o tumor benigno mais comum durante a menacme, podendo levar a problemas de saúde maiores devido a ciclos hipermenorrágicos ou ao aumento do volume uterino, causando compressão dos órgãos adjacentes. Em janeiro de 2023 foi publicada uma revisão sistemática no Journal of Gynecology Obstetrics and Human Reproduction que avaliou os fatores de risco ambientais associados a LU.
Métodos
O estudo foi feito com base em estudos de metanálise. Os autores pesquisaram três principais bancos de dados até fevereiro de 2022. As metanálises que se concentraram na avaliação dos fatores de risco ambiental associado ao LU foram incluídas.
Resultados
De acordo com os pesquisadores, o fator de risco de estresse psicológico crônico (OR 1,24, IC 95%: 1,15, 1,34) e obesidade (OR 1,19, IC 95%: 1,09, 1,29) foram classificados como evidência sugestiva (classe III). A ingestão de álcool (OR 1,33, IC 95%: 1,01, 1,76) foi classificada como o fator de risco com evidência fraca (classe IV). Já o uso atual de anticoncepcional oral (ACO) (RR 0,43, IC 95%: 0,25, 0,73) (classe IV) e ex-fumantes (OR 0,93, IC 95%: 0,88, 0,99) (classe IV) foram os fatores de proteção.
Conclusão
Os autores concluíram que a ingestão atual de álcool, o estresse psicológico crônico e a obesidade foram fatores de risco para o LU, mas o uso atual de ACO e ex-fumantes foram os fatores de proteção.
Mensagem prática
Apesar de o uso de ACO ser um fator de proteção, ele deve ser individualizado para cada paciente, afinal seu uso indiscriminado pode levar a tromboembolismo, alteração da função hepática, enxaqueca, entre outras disfunções.
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