O manejo do endometrioma na paciente que deseja engravidar ainda é um desafio para os ginecologistas, afinal a cirurgia pode diminuir a reserva ovariana dessas pacientes, mas a presença da endometriose também afeta a fertilidade, o sucesso da gestação, além de gerar dores pélvicas que diminuem a qualidade de vida das mulheres.
A escleroterapia com etanol pode ser realizada via vaginal guiada por ultrassonografia ou via laparoscópica, ambas as técnicas necessitam a drenagem no líquido contido no endometrioma, para posterior aplicação do etanol. Vazamento deve ser evitado pois pode gerar reação inflamatória, aumentando o risco de infecção e abscesso.
Em janeiro de 2023 foi publicado um artigo no Journal of Minimally Invasive Gynecology com o objetivo de descrever uma técnica de escleroterapia com etanol para endometrioma na laparoscopia avaliando a fertilidade da mulher após o procedimento.
Resultados
De fato, os resultados dos estudos publicados no Journal of Minimally Invasive Gynecology mostram claramente que o tecido ovariano subjacente é sim danificado pelo procedimento de esclerose.
Considerações
Como na maioria dos procedimentos esclerosantes, uma intensa reação inflamatória é induzida com a necrose da parede do cisto. A camada fibrosa do cisto de endometrioma deve proteger o córtex sobrejacente com os folículos primordiais desta reação. No entanto, a sobreposição do córtex está a milímetros de distância, e essa proteção não é certa.
Leia também: Impacto da cirurgia para endometriose profunda na fertilidade da paciente
Mensagem prática
A escleroterapia do endometrioma é uma alternativa a ooforoplastia na paciente que deseja preservar a fertilidade, contudo, esta técnica também diminui a reserva ovariana das mulheres, do mesmo modo que a ooforoplastia videolaparoscópica.
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