A reserva ovariana da paciente com endometriose é uma grande preocupação durante o procedimento cirúrgico para retirada dos seus focos, principalmente quando o foco é no ovário. Mas, afinal, qual seria o real impacto da abordagem hemostática após excisão laparoscópica de endometrioma?
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Análise recente sobre o dano à reserva ovariana
Em dezembro de 2022 foi publicado um artigo no International Journal of Gynecology and Obstetrics com o objetivo de avaliar qual abordagem hemostática após a cistectomia apresenta menor dano na reserva ovariana. Os pesquisadores realizaram uma metanálise de ensaios clínicos randomizados que compararam pelo menos duas técnicas diferentes de hemostasia em ooforoplastia videolaparoscópica devido endometrioma.
Os resultados obtidos pelos autores foram os seguintes:
- A sutura do ovário com fio farpado é a estratégia mais eficaz para evitar a redução do hormônio anti-mülleriano (HAM);
- Para a contagem folicular antral ultrassonográfica, a sutura farpada e a sutura simples foram as melhores escolhas;
- A sutura ovariana simples está correlacionada com níveis mais baixos de FSH.
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Sendo assim, a cauterização para hemostasia deve ser evitada e substituída preferencialmente, pela sutura ovariana simples, com o objetivo de preservação da reserva ovariana da paciente. Lembrando que a manutenção do endometrioma também contribui para queda da reserva ovariana, sendo necessário realizar ooforoplastia videolaparoscópica nessas pacientes.
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