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Endocrinologia16 agosto 2024

Obesidade em adolescentes

A obesidade em adolescentes é grande preditora de que poderá permanecer na fase adulta e por isso é tão importante identificá-la e tratá-la.

A obesidade é um grande problema de saúde pública a nível global. Infelizmente, vem atingindo também o público adolescente. Baseado na relevância do tema, a JAMA recentemente lançou uma revisão sobre o tema. Segue abaixo um breve resumo dela. 

pessoa com obesidade medindo a barriga com fita métrica

Introdução 

A obesidade é uma doença caracterizada pelo excesso de gordura com grande dano à saúde. Um índice de massa corporal (IMC) ≥ ao percentil 95 para sexo e idade de acordo com as curvas do crescimento é usado como rastreio para identificação da doença em crianças e adolescentes.  

Sua etiologia é complexa e multifatorial, envolvendo aspectos genéticos, ambientais e psicossociais. Sua fisiopatologia é ainda mais delicada, sendo decorrente de um desequilíbrio entre ingestão calórica e gasto calórico, resultando em excesso de gordura visceral. 

Saiba mais: A complexa relação entre hábitos alimentares, depressão e obesidade em pediatria

A obesidade em adolescentes é grande preditora de que poderá permanecer na fase adulta e por isso é tão importante identificá-la e tratá-la corretamente. 

Taxas importantes 

Um IMC entre o percentil 85-95 para sexo e idade é definido como sobrepeso, IMC ≥ ao percentil 95 e menor que 120% do percentil 95 para sexo e idade é definido como obesidade grau I; IMC ≥ 120% do percentil 95 para sexo e idade (ou IMC ≥ 35) e < 140% do percentil 95 para sexo e idade é definido como obesidade grau II e, por fim, IMC ≥ 140% (ou IMC≥ 40) do percentil 95 para sexo e idade é definido como obesidade grau III. 

Durante a adolescência, a obesidade é associada a diversas doenças tais como: hipertensão, síndrome metabólica, esteatose hepática, dislipidemia, distúrbios do sono, problemas musculoesqueléticos, depressão, ansiedade e desordens alimentares. Desse modo, é importante rastreio laboratorial anual com dosagem de Hba1c, glicemia de jejum e curva glicêmica, hepatograma completo e lipidograma. 

Tratamento 

Em relação ao tratamento, ele deve incluir mudança de estilo de vida, farmacoterapia e cirurgia bariátrica quando houver indicação. A mudança de estilo de vida deve incluir alterações na alimentação, prática regular de atividade física, melhora do sono e de outros hábitos que possam ser desencadeantes da obesidade. 

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Como medicações aprovadas pelo Food Drugs and Administration (FDA), temos como opções: agonistas dos receptores de GLP-1 (Semaglutida e Liraglutida),orlistate e combinação de fentermina com topiramato (não disponível no Brasil). A cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com IMC ≥ 120% do percentil 95 ou IMC a partir de 35, aliado a comorbidades relacionadas a obesidade (exemplo: diabetes mellitus tipo 2, apneia do sono, hipertensão, entre outras) ou IMC ≥ 140% do percentil 95 (IMC ≥ 40). 

Em suma, a obesidade em adolescentes é um agrave crescente na saúde mundial e requer diagnóstico precoce, acolhimento do paciente pelos profissionais de saúde, mudança de estilo de vida e possibilidade de terapia farmacológica e cirúrgica. 

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