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Endocrinologia11 julho 2024

O que o endocrinologista precisa saber sobre ICFEP? 

Neste artigo trataremos dos principais pontos de palestra sobre Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada (ICFEP)

No último sábado, dia 6 de julho, o Rio de Janeiro contou com o evento regional Diabetes Rio, que apresentou diversas palestras sobre esse grande tema que envolve o diabetes mellitus. Uma das aulas ministradas pelo Dr. Marcelo Assad envolveu um assunto da Cardiologia, porém com grande relevância para o endocrinologista. O tema foi: “Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada (ICFEP) – O que o endocrinologista precisa saber?”.  Segue abaixo um breve resumo sobre a aula. 

O que o endocrinologista precisa saber sobre ICFEP? 

Imagem de freepik

Introdução  

A insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada é caracterizada pela presença de sinais e sintomas de insuficiência cardíaca (IC) que são causados por uma anormalidade cardíaca funcional ou estrutural associados a elevação dos peptídeos natriuréticos ou evidência de congestão pulmonar cardiogênica ou sistêmica.  

Os achados ecográficos podem incluir: Fração de ejeção > 50%, aumento de câmaras cardíacas, hipertrofia ventricular moderada a severa e/ou lesão valvar moderada a severa.  

Evidências mostradas na palestra 

A ICFEP é uma entidade cardiológica que merece seu reconhecimento pelo público dos endocrinologistas, visto que muitos pacientes da área endocrinológica podem ser acometidos por essa comorbidade.  

Pacientes com diabetes mellitus, dislipidemia, obesidade e síndrome da apneia obstrutiva do sono podem também apresentar ICFEP, o que mostra a grande interseção entre as áreas da Cardiologia e Endocrinologia.  

Sendo assim, as recomendações para pacientes com IC em relação a mudança de estilo de vida incluem: atividade física regular, manutenção de peso saudável, cessação do tabagismo, alimentação balanceada de preferência com acompanhamento nutricional e redução da ingestão de cafeína.  

Leia também: Diagnóstico de DMG com glicemia de jejum versus teste de tolerância oral à glicose

Para as condições médicas que o paciente pode ter associadas, deve-se: tratar a hipertensão arterial, ter controle glicêmico do diabetes mellitus, manter de níveis adequados de colesterol e tomar adequadamente as medicações conforme prescrição médica.  

Em relação à abordagem terapêutica, o Dr. Marcelo reforça a potência dos inibidores do cotransportador sódio-glicose 2 (SGLT2i) com o benefício triplo: atuam no controle glicêmico, na proteção renal e na redução de desfechos cardiovasculares, principalmente em pacientes com IC.  

A nível cardiológico, que foi o cerne da aula, os SGLT2i são capazes de reduzir a pré e a pós carga, melhorar a energia miocárdica e diminuir a inflamação e fibrose na parede cardíaca. Desse modo, reduzem a pressão arterial e melhoram a contratilidade cardíaca, conferindo proteção cardiovascular.  

Considerações finais e mensagem prática

A IC é uma patologia de grande impacto na área médica, tendo em vista sua elevada prevalência.  

Estudos conceituados já comprovaram benefício dos SGLT-2i em todo o espectro de fração de ejeção, sendo de extrema importância para redução de hospitalização por IC ou morte por causa cardiovascular. Tal fato, ratifica a importância de, em casos selecionados, tentar incluir o SGLT2i como forma de tratamento já na internação hospitalar. 

O Dr. Marcelo encerrou sua palestra reforçando o triplo benefício dessa classe de medicações, abrangendo os níveis: renal, metabólico e cardiovascular. 

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