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O diabetes é uma doença metabólica crônica causada pela falta de insulina no organismo ou pela incapacidade de produção deste hormônio pelo pâncreas, o que acarreta a hiperglicemia, ou seja, a elevação nos níveis de glicose no sangue. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 16 milhões de pessoas sofrem com esta condição no Brasil, a estimativa mundial é de aproximadamente 422 milhões de pessoas convivendo com a doença.
Nesta quarta, 14 de novembro, é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, campanha criada com intuito de conscientizar a população para a prevenção da doença e a importância do controle glicêmico em pacientes acometidos com a síndrome.
Mortalidade do diabetes
De acordo com o Ministério da Saúde, os casos de mortes provocadas pelo diabetes aumentaram 12% de 2010 para 2016. O número de vítimas fatais foi de 54.877, no começo do período, para 61.398, no final. Este intervalo de tempo registrou 406.452 óbitos.
Tipos de diabetes
O diabetes é dividido em dois tipos principais, o tipo 1 e o tipo 2. O diabetes do tipo 1 é uma doença autoimune na qual as defesas do organismo atacam as células do pâncreas, responsáveis pela fabricação de insulina, hormônio que permite a entrada da glicose no interior das células.
Leia mais: O que há de novo no tratamento do diabetes tipo 2?
O tipo 2 é mais comum e acomete 90% dos pacientes diagnosticados com a doença. É caracterizado pela deficiência parcial ou total na produção de insulina com graus variados de resistência periférica ao hormônio. Esta incapacidade é provocada por fatores como obesidade, sedentarismo e hereditariedade
Sintomas e diagnóstico
Na maioria dos casos, os pacientes diabéticos permanecem assintomáticos, porém alguns sinais pode aparecer ocasionalmente como cansaço, sede e urina em excesso. O diagnóstico para o diabetes é realizado por meio do teste de glicemia em jejum ou o de hemoglobina glicada, caso o resultado seja: glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL e glicemia glicada > 6,5, está confirmado o quadro de diabetes.
Fatores de risco
O diabetes não tem uma origem específica, porém alguns fatores podem ser determinante para risco de desenvolvimento da doença, é o caso da obesidade, sedentarismo, colesterol alto, idade avançada, hipertensão, história familiar de diabetes em parente de primeiro grau, doença aterosclerótica, etc.
Tratamento
O tratamento do paciente diabético age no intuito de controlar os níveis glicêmicos neste indivíduo, mantendo o alvo entre entre 70 e 100mg/dL. No diabetes do tipo 1, a terapia envolve administração de insulina, que também pode ser usada nos do tipo 2 quando o pâncreas não consegue mais produzir o hormônio ou o produza insuficientemente. O tratamento farmacológico inclui Inibidores da alfaglicosidase, metformina, glibenclamida, etc
Prevenção
Segundo a endocrinologista Christiane Carvão, do Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher (CEPEM), a profilaxia para o diabetes envolve exercícios físicos, boa alimentação, práticas esportivas e controle de peso a fim de evitar o descontrole hormonal. “A principal forma de prevenção é ter uma vida saudável, moderando o estresse, evitando ganho excessivo peso, praticando atividades físicas e mantendo uma alimentação saudável, rica em verduras, legumes, carnes magras e gorduras insaturadas”, orienta Carvão.
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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- https://whitebook.pebmed.com.br/conteudo/medicina-interna
- https://www.endocrino.org.br/
- https://g1.globo.com/bemestar/noticia/mortes-por-diabetes-cresceram-12-no-brasil-em-seis-anos-diz-ministerio-da-saude.ghtml
- https://noticias.r7.com/saude/brasil-e-o-quarto-pais-com-o-maior-numero-de-diabeticos-do-mundo-14112018
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