A psoríase é uma doença cutânea crônica, imunomediada e inflamatória que envolve a pele, unhas e articulações. É considerada como doença multissistêmica associada à artrite psoriática (APs), dislipidemia, hipertensão arterial, doença arterial coronariana, diabetes mellitus (DM) e maior índice de massa corporal (IMC). Esta doença também pode causar impacto na qualidade de vida, na saúde psicológica e mental dos pacientes.
Com o aumento gradativo do número de medicamentos biológicos aprovados para o tratamento da psoríase, como os imunobiológicos, faz-se necessário avaliar a segurança, eficácia e tolerabilidade desses tratamentos. Além disso, é relevante comparar diferentes produtos biológicos para orientar rapidamente os dermatologistas e analisar a eficácia do tratamento biológico usando parâmetros objetivos, como biomarcadores metabólicos e inflamatórios.
A gravidade da doença pode ser avaliada subjetivamente por meio de: Índice de Área e Gravidade da Psoríase (PASI), Índice de Qualidade de Vida em Dermatologia (DLQI) e área de superfície corporal (BSA). Essas ferramentas também são geralmente utilizadas na avaliação da eficácia do tratamento em contextos clínicos, mas uma medida ideal da resposta ao tratamento pode ignorar a resposta sistêmica em pacientes com psoríase recebendo tratamento com imunobiológico.
Portanto, este estudo teve como objetivo avaliar e comparar os cobenefícios de adalimumabe (ADA), ustequinumabe (USTE), ixecizumabe (IXE), secuquinumabe (SECU) e guselkumabe (GUSE) durante um período de acompanhamento de 24 semanas para o tratamento da psoríase na população chinesa.
Material e métodos
O estudo consiste em uma coorte monocêntrica, prospectiva e randomizada que inclui pacientes que recebem tratamento biológico sistêmico para psoríase moderada a grave; 385 pacientes foram acompanhados, nos seguintes momentos: início, semana 4, semana 12 e semana 24 e os indicadores utilizados foram: PASI, BSA, DLQI e exames metabólicos e inflamatórios.
Resultados e discussão
Dos pacientes incluídos, 71,2% eram homens e 28,8% mulheres, com idade média de 39,26 anos. Houve melhora clínica significativa até a semana 24, com 86,75% dos pacientes atingindo PASI 100. IXE e SECU se mostraram como mais eficazes, com mais de 87% dos pacientes de PASI 100 na semana 24. GUSE apresentou boa resposta intermediária, enquanto ADA e USTE mostraram eficácia limitada.
Todos os biológicos do estudo apresentaram redução nos marcadores metabólicos e inflamatórios. GUSE demonstrou maior redução no colesterol e TNF-alfa; SECU na glicemia; e ADA nos níveis de ácido úrico.
Mensagem prática: tratamentos biológicos para psoríase
O estudo confirmou a eficácia tanto no controle das lesões cutâneas quanto na redução da inflamação sistêmica, embora com diferenças específicas no mecanismo de ação e no perfil metabólico de cada agente.
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