A acne é uma das queixas dermatológicas mais comuns, e gera grande repercussão na autoestima dos pacientes, com aumento do risco de isolamento social, ansiedade e depressão. É uma doença multifatorial: fatores genéticos, metabólicos, hormonais e ambientais estão envolvidos. Dessa forma, além do tratamento farmacológico usual, vários estudos têm investigado o papel da nutrição na patogênese da doença.
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O efeito do consumo de laticínios na acne é um tema altamente controverso. Muitos estudos sugerem uma associação positiva entre a ingestão de leite e o risco de acne, devido à sua capacidade de promover aumento dos níveis de fator de crescimento semelhante à insulina-1 (IGF1), que estimula a síntese de andrógenos, proliferação celular, inflamação e produção de sebo.
Leite e acne
O poder acnegênico do leite parece estar mais associado ao seu conteúdo em componentes hormonais e moléculas bioativas (esteroides, a-lactalbumina, hormônios estimuladores de fatores de crescimento, IGF-1) do que ao seu conteúdo de gordura (ácidos graxos e colesterol). Alguns estudos mostram a ocorrência (e até mesmo associação mais forte) de acne em consumidores de leite desnatado em comparação ao leite integral. Mesmo com esses dados, ainda é muito controverso se o efeito agravante da acne tem relação com o tipo de leite (integral, semidesnatado ou desnatado).
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A quantidade de leite ingerido também parece estar relacionada com o agravamento da dermatose, especialmente se a frequência é superior a três vezes na semana. Mesmo com esses dados, mais estudos são necessários antes de adotar dietas restritivas a laticínios em pacientes com acne.
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