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Um estudo comprovou que a dieta que inclui laticínios, carne, peixe, legumes, verduras e grãos está associada à baixa incidência de doenças cardiovasculares e mortes provocadas por ataques cardíacos ao redor do mundo, contrariando o direcionamento atual. A pesquisa intitulada PURE foi apresentada nesta terça (28) durante o ESC Congress 2018, realizado em Munique, na Alemanha.
O levantamento reuniu dados de cinco estudos realizados com mais de 218 mil participantes provenientes de mais de 50 países. Os indivíduos foram divididos em cinco grupos distintos, de acordo com a qualidade da alimentação dos integrantes. Um escore qualitativo alimentar foi atribuído conforme quais nutrientes eram vinculados ao menor risco de mortalidade nas pesquisas anteriores. A partir de então, os pesquisadores analisaram a mortalidade e incidência de doenças cardiovasculares entre as pessoas com a melhor dieta (18 pontos ou mais) em comparação com as que mantinham alimentação de pior qualidade (11 pontos ou menos).
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A análise concluiu que no grupo com maior escore de qualidade nutritiva a incidência de doenças cardiovasculares ou mortalidade por doença coronariana aguda ou acidente vascular cerebral era menor do que no grupo com dieta menos nutritiva. No total, o levantamento registrou 6.821 óbitos e 5.466 incidentes cardiovasculares ao longo de aproximadamente nove anos de coleta de dados.
Com base nos resultados obtidos, os pesquisadores chegaram à conclusão de que o consumo de carboidratos refinados, como massas, farinha e pão, deve ser controlado e a ingestão de laticínios e proteínas não processadas podem ser inclusas em uma dieta balanceada com grãos, verduras e legumes. A alimentação rica em leite e carne (não processada), segundo essas novas evidências, pode ser essencial para a longevidade, ao contrário do que as pesquisas anteriores afirmavam.
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