O Portal Pebmed está em Chicago fazendo a cobertura do ACP Internal Meeting, um dos maiores encontros de clínica médica no mundo. O encontro tem como objetivo atualizar conhecimentos e habilidades, discutir tópicos oportunos, compartilhar ideias e trocar informações. Lombalgia é uma queixa comum na prática clínica e foi abordada durante o evento.
Quando um paciente se apresenta com a queixa de lombalgia, uma etapa importante é avaliar se ele tem sinais de alarme. Neste ponto, pode-se destacar: uso de corticosteroides/osteoporose, suspeita de neoplasia, suspeita de síndrome da cauda equina e uso de drogas intravenosas.
Durante a investigação, devemos estar atentos. É comum que o paciente tenha uma demanda por imagem, mas devemos evitar solicitá-las prematuramente, a menos que haja sinais de alarmes presentes.
A falha no tratamento de quatro a seis semanas com terapia conservadora parece ser um bom corte antes de serem submetidos imagem.
Quais as opções de tratamento não farmacológico?
Começar o tratamento conservador é importante na abordagem desses pacientes. Para lombalgia aguda, podemos indicar: calor, massagem, acupuntura. Já para lombalgia crônica: Exercício, reabilitação multidisciplinar, acupuntura, mindfulness, redução do estresse (evidência de qualidade moderada), Tai chi, ioga, exercício de controle motor, relaxamento progressivo, biofeedback, terapia a laser, terapia operante, cognitivo comportamental terapia ou manipulação espinhal (evidência de baixa qualidade).
As principais mensagens são:
1. Uma boa história, com exame físico podem te ajudar a excluir câncer, fratura, infecção ou síndrome da cauda equina;
2. Não solicite imagens prematuramente;
3. Discuta as muitas opções não farmacológicas. Elas podem ser boas aliadas no tratamento;
4. Tranquilize o paciente sobre o prognóstico benigno da lombalgia na maioria dos casos.
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