A prescrição médica é um ponto-chave do processo terapêutico de um paciente, onde se indicam as medicações necessárias para solução ou alívio dos sintomas. Entretanto, diversos fatores podem contribuir para problemas de aquisição e execução da conduta prescrita.
No texto de hoje, vamos discutir sobre esse fatores e as mudanças de paradigmas atuais.
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“Prescrição do passado” e seus riscos
O modelo típico de prescrição envolvia apenas papel e caneta, demandando uma boa escrita e estruturação organizada das informações, além do suporte comunicativo do médico e paciente, facilitando o entendimento da receita.
Entretanto, muitos problemas podem surgir nesse caminho, seja pela escrita ilegível, informações esquecidas, ou mesmo ausência de orientações claras para o paciente.
Esses e outros pontos de risco, podem afetar diretamente o sucesso terapêutico por limitar o entendimento e uso correto da medicação proposta.
“Prescrição do futuro” e seus ganhos
A prescrição digital surgiu com a informatização geral da medicina, assim como outras áreas do conhecimento, porém é inegável que durante a pandemia da covid-19, ela deixou de ser um detalhe para ser uma necessidade na prática médica.
O avanço tecnológico atual também revolucionou o processo da prescrição médica, oferecendo ferramentas de suporte que facilitam a escolha medicamentosa e a orientação geral.
O uso de sistemas informatizados e com suporte integrado de informações tem revolucionado o processo terapêutico, apresentando uma grande expansão de horizontes com a popularização da inteligência artificial.
Longe de criar uma dependência tecnológica irracional, todo esse suporte auxilia diretamente na prevenção de erros, facilidades de comunicação e amparo na tomada de decisão.
Pontos práticos do benefício tecnológico na prescrição digital
- Receituário digital, evitando o problema da letra ilegível;
- Suporte de armazenamento de prescrições, com maior facilidade de gerenciar as medicações para uma seleção eficiente;
- Integração com softwares de prescrição médica, auxiliando nos lembretes de dosagens, posologia e demais detalhes terapêuticos;
- Possibilidade de checagem inteligente das interações medicamentosas durante o processo de prescrição, podendo enviar alertas antes da conclusão da receita;
- Organização de lembretes e orientações de uso para os pacientes, podendo construir modelos para medicações específicas. Isso facilita ajustes medicamentosos e informe de colaterais principais.
Conclusão
Esses pontos citados, já são realidade em diversos sistemas de prescrição e prontuário eletrônico, integrando o suporte clínico com a organização prática do atendimento médico. Não devem ser encarados como uma passividade do médico no ato de prescrição, e sim como uma ferramenta de apoio, facilitando o processo terapêutico e evitando erros.
A facilidade prática da prescrição digital gera comodidade para o paciente, assim como maior segurança para o médico no ato de prescrever. Além disso, evita desperdício de tempo no preenchimento manual de papelada, direcionando maior tempo para a anamnese, raciocínio clínico e formação de uma relação médico-paciente sólida.
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