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Carreira15 julho 2024

Networking médico: como construir e sua importância

A boa rede de relacionamentos profissionais impacta não apenas as oportunidades de emprego, mas no médico que você se tornará
Por Raquel Muniz

Além das nossas vivências pessoais e profissionais, que levam a transformações ao longo do caminho percorrido, nossas relações nos influenciam a todo tempo.

Assim, o networking, essa rede de relacionamentos profissionais, impacta não apenas as oportunidades de emprego, como também no médico que você se tornará.  

 

equipe médica tendo debate

Boa rede de relacionamentos

No meio médico, a construção da rede de contato e confiança vem crescendo com a influência das redes sociais e o desejo dos médicos em estreitarem parcerias de novos negócios e, até mesmo, oferecer atendimento mais completo aos pacientes decorrente da integração de múltiplas especialidades. 

Tais relações podem (e vão) ser adquiridas durante os anos de graduação e residência, bem como nos Congressos, Seminários e eventos médicos que fazem parte da vida do profissional, durante sua atualização. Contudo, mais importante que adquirir tais conexões, é saber mantê-las, pois o seu reconhecimento como autoridade na área não tem preço. Abaixo, alguns pontos de atenção para criar networking: 

# Queira qualidade dos contatos (não apenas números); 

# Seja sincero sempre e crie relações verdadeiras;

# Use a proatividade ao seu favor;

# Crie comunidades e canais de troca; 

# Seja disponível para oferecer ideias e manter contato.

 

Leia mais: A IA ameaça o lugar do médico como referência em saúde?

Experiência pessoal do autor 

Vou relatar aqui um pouco da minha experiência, já que meu networking é um dos meus maiores bens da vida médica. Minha rede de influências profissionais começa dentro de casa, com um pai capaz de trabalhar de 7 às 23 horas sem reclamar e recebendo elogios de uma infinidade de pessoas agradecidas por seu trabalho. Entrei na faculdade aos 17 anos, e apesar das boas influências de casa, não tinha metade da responsabilidade que tenho hoje, mas me deparei com amigos estudiosos e dedicados que certamente me levaram nesse caminho.  

Mesmo com muito estudo, a chegada na residência médica é um momento difícil. Nesse momento, além da supervisão de preceptores, tive, principalmente, a parceria dos outros residentes, que além de me apoiarem discutindo casos e dividindo angústias, me faziam acreditar nas minhas capacidades. Eis que chega o fim das residências, a vida de especialista e o desejo de boas oportunidades de emprego.  

Ainda criamos conexões e sempre poderemos repensar a forma de nos relacionar, mas sem dúvidas que todas as conexões criadas até aqui, durante a nossa formação, terão influência nas oportunidades que aparecerem.  

 Leia tambémDicas do especialista: como lidar com pacientes idosos em sua carreira médica?

Quais condutas me ajudaram a formar meu networking? 

 Um ponto de extrema importância é perceber que as oportunidades não virão apenas de médicos em maior hierarquia que você. No futuro, seus amigos de faculdade e residência médica também vão compartilhar oportunidades e indicar seu trabalho. Nessas relações, é importante oferecer parceria e demonstrar o valor que têm para você.  

Além disso, pode ser produtivo compartilhar sua evolução, o que tem estudado e suas dificuldades, para que possam somar habilidades no dia a dia e crescer juntos. 

Em relações com profissionais de maior hierarquia, torna-se importante ter proatividade e disponibilidade, demonstrando desejo pelo trabalho que está à sua disposição. Quando o trabalho ainda não estiver ao seu alcance, a demonstração de interesse pode ser um caminho para que se torne oportunidade quando a demanda existir.  

 

Como lidar com pessoas mais difíceis? 

Sobre as relações difíceis que todos encontramos, precisamos refletir sobre os obstáculos que essas pessoas podem ter encontrado e que possivelmente as tornaram pessoas mais difíceis de se conviver.  

Da mesma forma, podemos ser indivíduos de fácil relacionamento, mas estar em um momento de vida conturbado, com menor energia para nos relacionar. Ou seja, para criarmos boas relações, precisamos ter paciência e considerar sempre a realidade complexa de cada pessoa.  

Por fim, destaco a necessidade de entrega, de sermos sinceros, autênticos, tentando sempre oferecer o nosso melhor, sem pensar no que poderemos receber. Assim, podemos criar conexões verdadeiras, que além de oportunidades de emprego, vão trazer bem-estar no nosso dia a dia.  

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Referências bibliográficas

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