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Carreira17 maio 2024

Hard e Soft skills na medicina

Em um contexto amplo na performance médica, as habilidades técnicas e sociais são importantes para um atendimento de qualidade
Por Redação Afya

O ser humano é um ente complexo e que compreende tanto as conhecidas hard skills, que são os conhecimentos e habilidades técnicas adquiridas com o tempo, bem como as soft skills, que são habilidades mais difíceis de serem quantificadas e ensinadas, por serem subjetivas e ligadas ao comportamento, aspectos emocionais e trato social. 

 

Quais as diferenças?

Ambos os termos não possuem uma tradução literal na língua portuguesa, mas podem ser facilmente compreendidos de acordo com o seu conceito. 

As hard skills são habilidades técnicas necessárias para exercer uma determinada função. Elas são específicas, mensuráveis e normalmente adquiridas pela educação formal (como em cursos ou na própria faculdade de Medicina) e experiências práticas; além disso, podem variar de acordo com a especialidade e campo de atuação do profissional.  

 

Leia mais: Quais competências comportamentais desenvolver para ser um bom médico? 

 

Poderíamos dividir em algumas categorias fundamentais no contexto médico: 

 Conhecimento Médico  

Domínio dos princípios da anatomia, fisiologia, bioquímica, farmacologia e patologia, bem como a compreensão das doenças, incluindo sua etiologia, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento. 

 

Habilidades clínicas 

Capacidade de realizar exames físicos detalhados e interpretar os resultados de testes diagnósticos, como radiografias, exames de sangue, ultrassonografias, entre outros. Bom manejo para realizar procedimentos médicos, como suturas, punções venosas, inserção de cateteres, entre outros. 

 

Tomada de decisão clínica 

Capacidade de analisar informações médicas e sintomas para formular diagnósticos diferenciais e tratamentos eficazes, bem como possibilidade de tomar decisões rápidas e precisas em emergências. 

 

 Já as soft skills correspondem a um conjunto de habilidades socioemocionais, ligadas à forma como uma pessoa lida com ela mesma, com seus pacientes, seus colegas de trabalho e com as atividades que precisa realizar. Ao contrário das hard skills, que trazem um conceito técnico, as soft skills são mais subjetivas e ligadas à forma de se relacionar, de se comunicar e de colaborar. 

Leia também: Como me manter atualizado no meio médico?

As soft skills mais importantes na Medicina 

Boa comunicação verbal e não verbal 

A comunicação é de extrema importância em todas as áreas da vida e especialmente no âmbito profissional. Um médico precisa se comunicar de forma clara, empática e efetiva com seus pacientes, familiares e colegas de trabalho; assim, é possível resolver conflitos e transmitir informações de maneira assertiva. 

É importante ressaltar que uma boa comunicação também envolve saber ouvir. A escuta ativa beneficia os relacionamentos interpessoais e ajuda na construção de relações de confiança. 

 

Inteligência emocional 

inteligência emocional trata-se da capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar suas próprias emoções, bem como as emoções dos outros. Essa soft skill é particularmente importante em situações estressantes do cotidiano médico, como na tomada de decisões difíceis, mas também do dia a dia e na manutenção de relacionamentos interpessoais saudáveis. 

 

Gestão de tempo 

É comum que a rotina médica tenha uma carga de trabalho intensa e, por isso, saber gerenciar o tempo de forma eficaz é uma soft skill de grande valia. 

Nesse contexto, é importante saber priorizar tarefas, organizar a agenda de forma eficiente e cumprir prazos. Toda essa organização auxilia na manutenção da produtividade e a evitar o esgotamento profissional. 

 

Proatividade 

Uma pessoa proativa é aquela que toma a iniciativa, agindo de forma antecipada e, consequentemente, assumindo responsabilidade por suas ações e resultados.   

Só pelo parágrafo anterior, imagino que você pode imaginar o quanto a proatividade é uma soft skill importante para os médicos, não é mesmo? Não esperar passivamente que as coisas aconteçam, buscando ativamente soluções e maneiras de melhorar as situações, pode impactar diretamente na melhora de um paciente, ou até mesmo em sua vida. 

 

Liderança e gestão de equipe 

O atendimento pode envolver equipes multidisciplinares que colaboram no cuidado ao paciente. Assim, um médico que tenha a habilidade de liderar é capaz de coordenar as diferentes habilidades e conhecimentos da equipe para fornecer um cuidado integrado e de qualidade. 

Além disso, uma boa gestão de equipe proporciona motivação e valorização dos profissionais, promovendo um ambiente de trabalho positivo. Isso ajuda a promover a satisfação e o bem-estar dos profissionais de saúde, o que, por sua vez, impacta positivamente na qualidade do atendimento realizado. 

 

Pensamento crítico 

O pensamento crítico é uma habilidade imprescindível para os médicos em formação e os já atuantes. Essa habilidade lhes permite avaliar informações de forma objetiva, analisar sintomas e históricos clínicos para fazer diagnósticos precisos e tomar decisões baseadas em evidências. 

O pensamento crítico também é crucial para resolver problemas complexos que envolvem riscos, benefícios e considerações éticas. Ele capacita os médicos a questionar, analisar e interpretar dados, reconhecendo a necessidade de atualização e adaptação às mudanças. 

 

Como desenvolver soft skills 

Por serem habilidades, sociais, culturais e emocionais, as melhores formas de desenvolvê-las são em abordagens práticas. Por exemplo, realizar trabalhos em grupo é uma ótima forma para treinar uma boa gestão de equipe; assim como falar em público traz boas práticas em comunicação e inteligência emocional. 

O aperfeiçoamento no cotidiano vem de experiências, mas também pode vir de programas de aprimoramento; palestras e workshops — ouvir profissionais experientes e bem-sucedidos é importante para fomentar a necessidade de atenção às habilidades sociais.

Além disso, workshops costumam promover interação e aprendizado mútuo, assim como atividades dinâmicas de interação social; plano de desenvolvimento individual — pode ser realizado de modo particular ou ser aplicado, por exemplo, por um orientador para o desenvolvimento de habilidades e cumprimento de metas pré-estabelecidas; e feedbacks — de amigos, colegas de equipe, gestores e até mesmo do paciente.   

 

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Referências bibliográficas

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