As habilidades necessárias para um bom médico vão muito além do conhecimento sobre doenças e tratamentos aprendidos nos artigos e livros durante a faculdade, residência médica e demais formações ao longo da carreira. Juntamente com essa capacitação técnica ampla (e importantíssima!), as habilidades interpessoais são mais um dos requisitos para que o médico possa realizar suas atividades profissionais de forma bem-sucedida.
Soft skills
Chamadas de soft skills, essas habilidades incluem diferentes competências que precisam ser aperfeiçoadas durante a carreira profissional, em áreas como comunicação, inteligência emocional, gestão de conflitos, liderança, empatia, entre outras. E, embora possa parecer que esses conhecimentos não tenham relação direta com a medicina, é importante lembrar que a qualidade de um atendimento depende de como o médico se relaciona com as pessoas nas diferentes situações do ambiente hospitalar ou em consultórios, como ele entende as necessidades emocionais e como interage com os pacientes, os familiares e a equipe que trabalha ao seu lado.
Algo importante sobre as soft skills é que elas não só ajudam o médico a criar uma conexão mais forte com o paciente, mas também o auxiliam a enfrentar momentos mais delicados da prática médica, como dar notícias difíceis, acolher o paciente ou familiar em momentos de dor ou conseguir liderar os colegas de equipe, mesmo em cenários de conflito.
Ao aprender essas habilidades interpessoais, o médico melhora a aplicação de seus conhecimentos técnicos como se torna um profissional mais sensível às necessidades dos outros à sua volta.
Para soft skills como a Comunicação, por exemplo, estudos demonstram que quanto melhor o médico se comunica com o paciente, melhor é a anamnese coletada ao longo da consulta e melhor é a compreensão pelo paciente sobre a situação por ele enfrentada. E não é apenas isso: a boa habilidade de se comunicar também tem um efeito terapêutico no tratamento e nos resultados psicossociais do paciente, além de estar diretamente relacionada à habilidade de ter empatia.
Como desenvolver soft skills
Já sabemos muito bem que na medicina o aprendizado nunca para. Os médicos estão sempre buscando novas formas de aprimorar seus conhecimentos, habilidades e experiências. Um dos caminhos mais simples e rápidos para desenvolver soft skills é com o auxílio de cursos e treinamentos.
Os cursos desenhados para ensinar sobre as soft skills podem ser realizados de forma presenciais ou on-line, normalmente com curta duração, e se adequam à rotina do médico. Esses cursos permitem que o médico pratique as habilidades não técnicas, como comunicação, gestão de emoções e resolução de conflitos, com um aprendizado de maneira prática, simulações em cenários reais e dinâmicas.
Neles, o médico também é orientado a avaliar e refletir sobre suas ações e como melhorar a interação com os pacientes e com a equipe.
Um exemplo da importância do treinamento das soft skills com cursos é a habilidade de inteligência emocional, que representa a capacidade de reconhecer, entender e gerenciar as próprias emoções (e também as dos outros).
Os médicos lidam com várias situações emocionais, tanto com pacientes, quanto com familiares e colegas. Ao investir em cursos nessa área, estudos demonstram que o médico consegue melhorar a satisfação dos pacientes, reduzir o risco de esgotamento mental e até diminuir as chances de enfrentar processos por parte dos pacientes.
Com escolher um curso para desenvolver soft skills
Ao buscar cursos para treinar suas habilidades não técnicas, o médico precisa primeiramente passar por um processo de autoconhecimento e entender em quais competências precisa melhorar.
Depois de ter clareza das soft skills que serão aperfeiçoadas, o médico deve buscar cursos que ofereçam metodologias que se ajustem à sua rotina. Hoje há muitos cursos on-line que oferecem bons treinamentos. Mas caso queira ter experiências práticas, também pode buscar cursos presenciais, com mais possibilidades de mais interações e feedbacks.
E o trabalho não para quando o curso termina! Após a realização do treinamento, também é importante que o médico procure aplicar os conhecimentos aprendidos sobre novas habilidades em sua prática médica, observando os resultados em sua relação médico-paciente ou mesmo com a equipe de trabalho ao longo do tempo.
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