Durante a graduação na faculdade de medicina, convivemos com a difícil missão da escolha ou não de seguir uma ou mais especializações posteriores.
Passar na prova de residência médica é um momento de estresse e um grande desafio: qual especialidade? qual hospital? Muitas vezes essa tomada de decisão tem motivações variadas: financeira, status, modismo, vocação, entre outras, mas a verdade é que é algo muito complexo e nem sempre acertamos de primeira.
Desafios do residente de cirurgia
Pensando no residente de cirurgia geral, quais seriam seus desafios nessa jornada? O primeiro deles é se dedicar ao máximo à sua residência atual em toda sua extensão, sem ansiedade para passar numa especialidade futura. Não a subestime como um mero pré-requisito.
É uma etapa de extrema importância para formar sua base de conhecimento científico, técnico e profissional, permitindo que você ingresse no mercado de trabalho e se prepare com calma para uma especialização futura se assim desejar.
Outro desafio para muitos é de se lançar na parte acadêmica, apresentando aulas na residência, em congressos, de modo a aprimorar a oratória e, também, passar a ser visto e ouvido por muitos, fazendo-se constantemente lembrado em sua especialidade. Isso pode te impulsionar profissionalmente.
Escolha da subespecialidade
Após finalizar a RM em cirurgia geral, o médico pode seguir alguns caminhos possíveis na especialização. Abaixo, os principais:
- Cirurgia do aparelho digestivo – Foca em cirurgias do sistema digestivo, incluindo esôfago, estômago, intestino e fígado.
- Cirurgia oncológica – Trata de cirurgias para remoção de tumores e tratamento de cânceres em diversas partes do corpo.
- Cirurgia vascular – Envolve a cirurgia das artérias e veias, tratando doenças como aneurismas, varizes, trombose, entre outras.
- Cirurgia bariátrica – Foca em procedimentos para tratamento da obesidade, como a redução de estômago.
- Cirurgia torácica – Refere-se à cirurgia de órgãos do tórax, como pulmões, esôfago e mediastino.
- Cirurgia plástica – Envolve procedimentos reconstrutivos e estéticos, como a reconstrução após traumas, queimaduras ou cirurgias.
- Cirurgia endoscópica – Uso de técnicas minimamente invasivas para realizar procedimentos no aparelho digestivo, vias urinárias e outras regiões.
- Cirurgia de trauma – Focada no tratamento de lesões traumáticas, como fraturas, hemorragias e ferimentos graves.
- Cirurgia pediátrica – Realiza cirurgias em crianças, abordando desde problemas congênitos até doenças adquiridas.
- Cirurgia de cabeça e pescoço – Envolve o tratamento cirúrgico de doenças em regiões como a garganta, laringe, boca e estruturas relacionadas.
Calma no processo
Uma vez definida qual subespecialidade, é importante ter resiliência de voltar ao “R1” mesmo já sendo cirurgião geral: você está ingressando num novo caminho de aprendizado com novos conhecimentos e tecnologias. Com o avançar da nova especialidade, o trabalho fica menos pesado e mais gratificante.
E finalmente, acredito que o maior desafio de todos é estar sempre aberto a aprender e absorver novos conhecimentos e técnicas com todas as gerações de profissionais mantendo sua atualização constante e gratificante.
Fazendo o que gosta e com dedicação, você amplifica as chances de realizar um trabalho de excelência com o melhor retorno possível nos âmbitos pessoal, profissional e financeiro.
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