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Carreira7 julho 2025

Como se tornar dermatologista: residência médica em dermatologia e especialização

Abrange áreas clínicas (acne, psoríase, infecções), cirúrgicas (retirada de nevos, tumores de pele), oncológicas (melanoma, carcinoma) e estéticas
Por Redação Afya

Sonha em se tornar dermatologista e mergulhar no universo da pele, cabelos e unhas? A residência médica em dermatologia é o caminho mais completo e reconhecido para alcançar essa especialidade no Brasil. O cuidado com o maior órgão do corpo humano exige a atuação de um médico altamente qualificado.

Este guia detalhado é para você, estudante de medicina ou recém-formado, que busca entender como funciona esse processo, desde a seleção até as inúmeras possibilidades de atuação e de subespecialização.

Curiosidade: a área conta com a maior presença feminina na medicina; 80,6% dos dermatologistas no País são mulheres, segundo a Demografia Médica 2025. De acordo com o mesmo levantamento, hoje, 11.419 pessoas têm título em Dermatologia. Entretanto, são 12.337 registros de especialistas, pois 918 indivíduos (8%) estão inscritos em mais de um CRM/UF.

 

diagnóstico dermatológico

Qual é a especialidade de um médico dermatologista?

A dermatologia é a especialidade clínico-cirúrgica responsável por estudar, diagnosticar e tratar de enfermidades que acometem a pele, a unha e os cabelos. Além de poderem atuar de forma clínica-cirúrgica, atendendo pacientes em consultórios e realizando cirurgias de doenças dermatológicas, os profissionais também podem atuar em cosmiatria, ou seja, na estética.

 

Leia também: A pós-graduação em dermatologia mais completa do mercado é na Afya

 

O que é Residência Médica e sua importância na formação médica

Definição e aspectos legais

O programa de residência em dermatologia oferece uma formação completa para médicos que desejam se especializar na área, cobrindo ambientes ambulatoriais e hospitalares. O currículo é desenhado para proporcionar conhecimento profundo nas principais doenças dermatológicas, incluindo diagnóstico, tratamento e realização de procedimentos cirúrgicos de pequeno e médio porte.

Para atuar como dermatologista, o médico deve concluir a residência ou possuir título reconhecido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

A Sociedade Brasileira de Dermatologia foi fundada em 1912. Hoje, ela representa a segunda maior sociedade da área do mundo, ficando atrás apenas da Academia Americana de Dermatologia (AAD).

 

Como se tornar dermatologista

Existem duas formas de obter a especialização:

 

  1. Ter concluído um curso de residência em dermatologia reconhecido pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM);
  2. Ter concluído especialização em dermatologia reconhecida pela SBD e ser aprovado em concurso de prova de título e habilidades das Sociedades de especialidades filiadas à Associação Médica Brasileira (AMB). No caso da dermatologia, a prova de Título de Especialista em dermatologia da SBD.

 

Todos os aprovados e os que concluíram a residência devem registrar os certificados nos Conselhos de Medicina de seus estados para obter o chamado Registro de Qualificação de Especialista (RQE), a fim de poderem atuar legalmente.

 

Diferença entre Residência Médica e especialização

Embora ambos formem especialistas, a residência médica conta com supervisão intensiva, remuneração, carga horária completa e exigência de dedicação exclusiva. Já os cursos de especialização lato sensu, como dermatologia pós-graduação, não conferem Registro de Qualificação de Especialista, como é o caso do programa de residência.

 

Por que fazer Residência Médica?

Nesta etapa, os médicos atendem pacientes e aprendem sobre todo tipo de doença de pele. Familiarizam-se com os tratamentos clínicos, cosmiátricos, laser, oncológicos e cirúrgicos que envolvam a pele e seus anexos. Durante a residência, são quase nove mil horas de estudo, para tornar o médico apto a tratar e diagnosticar as diversas doenças e problemas da pele e de suas extensões.

 

Como funciona a Residência Médica no Brasil

 Duração e carga horária

A residência em dermatologia dura três anos, com foco prático e teórico. A carga horária semanal é de 60 horas, incluindo plantões. Ao longo do programa, o residente passa por áreas como dermatologia clínica, cirúrgica, estética, dermatopatologia e oncologia cutânea.

 

Remuneração e direitos do médico residente

O médico residente recebe bolsa federal mensal, atualmente no valor de R$ 4.106,09 (em 2025), além de ter direito a férias, seguro de responsabilidade civil e, em alguns casos, auxílio-moradia.

 

Supervisão e atividades práticas

A supervisão é constante. O residente está sempre acompanhado por preceptores, que são médicos especialistas, ensinando e orientando em cada etapa do seu aprendizado. As atividades práticas englobam desde consultas ambulatoriais, realização de biópsias e pequenas cirurgias, acompanhamento de casos internados e realização de procedimentos estéticos.

Descubra, a partir da matriz curricular da dermatologia, elaborada pelo MEC, os conhecimentos que o profissional deve ter ao fim de cada ano de residência.

 

Avaliação e certificação

Ao longo da residência, o desempenho é avaliado por meio de provas teóricas, avaliação de habilidades práticas e participação em discussões de caso. Ao final dos três anos e cumprindo todas as exigências, o especialista recebe o certificado de conclusão válido em todo o território nacional. Com ele, é possível solicitar o RQE e registrar-se na Sociedade Brasileira de Dermatologia.

 

Tipos de Residência Médica

 

Especialidades básicas e acesso direto

 A dermatologia é uma especialidade de acesso direto, o que significa que você pode prestar a prova de residência logo após a graduação em medicina, sem a necessidade de uma residência prévia em outra especialidade.

 

Especialidades com pré-requisito

Outras especialidades, como cirurgia plástica ou endocrinologia, exigem residência prévia em áreas básicas. No caso da dermatologia, isso não é necessário.

 

Áreas de atuação

A formação abrange áreas clínicas (acne, psoríase, infecções), cirúrgicas (retirada de nevos, tumores de pele), oncológicas (melanoma, carcinoma) e estéticas (botox, preenchimentos, peelings, laser).

 

Sendo assim, o médico dermatologista pode atuar em:

 

  • Hospitais;
  • Clínicas dermatológicas;
  • Consultórios particulares;
  • Centros de estética;
  • Ambulatórios públicos; e
  • Instituições de ensino e pesquisa.

 

Como ingressar na Residência Médica

 

Processo seletivo e principais etapas

A medicina dermatologia exige dedicação desde o processo seletivo, mas oferece grande reconhecimento profissional, versatilidade de atuação e retorno financeiro atrativo.

O ingresso se dá por meio de concursos públicos e provas organizadas por instituições como hospitais universitários, estaduais ou privados com credenciamento da CNRM. O processo seletivo para a residência dermatologia é altamente competitivo e geralmente envolve as seguintes etapas:

 

  1. Prova teórica: Geralmente de múltipla escolha, abrangendo conhecimentos de todas as grandes áreas da medicina.
  2. Análise de currículo: Avaliação de sua trajetória acadêmica, publicações científicas, estágios e outras atividades extracurriculares.
  3. Prova prática: Em algumas instituições, pode haver uma etapa prática com estações simuladas.
  4. Entrevista: Conversa com a banca examinadora para avaliar seu perfil, motivação e conhecimentos.

 

COREME e instituições credenciadas

Cada hospital com programa de residência possui uma Comissão de Residência Médica (COREME), responsável por selecionar e supervisionar os residentes. É essencial verificar se o programa é reconhecido pela CNRM/MEC.

O portal da SBD fornece uma lista de centros de serviços credenciados para consulta.

 

Documentação necessária

 A documentação varia entre as instituições, mas geralmente inclui diploma de medicina, histórico escolar, comprovante de inscrição no CRM, comprovante de conclusão de outras residências (se for o caso), e documentos pessoais.

 

Calendário do processo seletivo

 O calendário pode variar conforme a instituição, mas geralmente os editais são publicados entre setembro e novembro, com provas entre novembro e janeiro. Portanto, atenção aos sites das instituições e dos órgãos de residência.


Dicas para escolher sua Residência Médica

 

Fatores a considerar na escolha da especialidade

 Não basta apenas cumprir as funções obrigatórias da profissão; é importante desenvolver diferenciais para se destacar no mercado. Dessa forma, para se destacar no mercado, um dermatologista deve ter:

 

  • Habilidades clínicas;
  • Atenção aos detalhes;
  • Paciência e boa comunicação para interagir com os pacientes;
  • Destreza manual para realizar procedimentos dermatológicos;
  • Manter-se atualizado sobre avanços na área;
  • Flexibilidade para lidar com diferentes casos e desafios clínicos; e
  • Comprometimento para gerir tratamentos a longo prazo.

 

Como avaliar os programas de residência

Avalie a estrutura da instituição, volume de atendimentos, corpo docente, laboratórios, acesso à dermatopatologia, cirurgia dermatológica e estética, além das avaliações de ex-residentes.

 

Especializações em Dermatologia

 Após a residência médica, o dermatologista pode se aprofundar em áreas como:

 

  • Estética avançada: procedimentos, como transplante capilar, ácido hialurônico na face, toxina botulínica, preenchimentos e lasers;
  • Oncologia cutânea: diagnóstico e tratamento de cânceres de pele;
  • Dermatopatologia: interpretação de biópsias e exames histopatológicos de pele; e
  • Dermatologia pediátrica e imunológica: voltadas a perfis específicos de pacientes.

 

Leia mais: Conheça cursos de dermatologia da Afya

 

Perspectivas de mercado por especialidade

A carreira oferece diversos benefícios, como: alta demanda, prestígio e retorno financeiro. A variedade de atuação nas áreas clínica, cirúrgica e estética oferece diversas oportunidades. Após três anos de formação intensiva na residência médica, o futuro dermatologista pode unir ciência, tecnologia e estética na prática médica.

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