A educação médica e o futuro de uma nova geração

No Afya Summit 2024, evento que reuniu debates sobre tecnologia, inovação, saúde e empreendedorismo, um dos painés, “O futuro da educação médica: moldando a nova geração de médicos”, moderado por Denis Del Bianco, VP de Educação Continuada da Afya, discutiu os novos horizontes da educação médica, incluindo o uso de gamificação e a formação acadêmica.

Trazemos na série especial sobre o Afya Summit alguns debates relativos às temáticas, a fim de atualizá-lo sobre o que ocorreu no evento e abrir novas perspectivas para discussões.

Gerações e seus aprendizados

As gerações X, Y, Z e Alpha têm suas peculiaridades, refletindo a época em que foram formadas. Cada uma delas possui estilos de aprendizado e comunicação distintos, e a educação médica não é exceção a essa transformação.

O avanço das tecnologias tem trazido novas ferramentas e métodos de ensino, que precisam ser integrados de forma eficaz à formação dos futuros médicos.

Embora eu seja da geração Y e ainda aprecie o livro impresso e os resumos feitos à mão, reconheço que os fluxogramas, vídeos e testes on-line têm seu valor, especialmente para as novas gerações, que preferem métodos mais dinâmicos e interativos.

A gamificação, com seus avatares, desafios, rankings e premiações, é uma abordagem que combina aprendizado com entretenimento, oferecendo uma forma inovadora de engajar os alunos.

Soft skills

No entanto, ao implementar essas novas metodologias, devemos estar cientes de suas limitações. A comunicação pessoal é uma habilidade essencial para médicos, e a interação nas redes sociais, muitas vezes fria e impessoal, pode impactar negativamente a capacidade de estabelecer conexões humanas reais.

Médicos que se comunicam apenas de forma direta e desprovida de empatia, assim como fazem nas mensagens pelo celular, podem ser percebidos como frios e distantes, podendo afetar a confiança dos pacientes e a qualidade do atendimento.

O ideal é que, além das habilidades técnicas essenciais, os futuros médicos desenvolvam a capacidade de comunicação interpessoal. É fundamental que aprendam a equilibrar as novas ferramentas tecnológicas com a empatia e a atenção pessoal. A capacidade de olhar nos olhos, cumprimentar com um aperto de mão firme e oferecer um atendimento caloroso é crucial para criar um vínculo positivo com os pacientes.

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Caminhos na Medicina

Reconhecemos que cada médico tem uma personalidade única, e há espaço para todos. Alguns se destacam em ambientes de alta pressão, como salas de emergência, enquanto outros podem se sentir mais realizados em pesquisas ou na prática clínica mais tranquila. A diversidade de habilidades e interesses é bem-vinda, pois novos profissionais devem se conhecer bem e escolher suas áreas de atuação com base em suas paixões e competências.

Além disso, muitos médicos jovens buscam carreiras não tradicionais, combinando a Medicina com áreas como tecnologia e empreendedorismo. Essas novas rotas podem oferecer oportunidades inovadoras sem seguir o caminho clássico de graduação, residência e pós-graduação.

Portanto, é essencial que a formação médica inclua não apenas o desenvolvimento técnico, como também o cultivo de habilidades interpessoais e a capacidade de se adaptar às mudanças do setor. Encorajamos os novos médicos a aproveitar as novas tecnologias e métodos de ensino, porém sem esquecer o valor da Medicina tradicional e o compromisso com a promoção da saúde e prevenção de doenças.

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Conclusão

Em resumo, para garantir um lugar ao sol, é preciso ser excepcional no que se faz. A demanda por bons profissionais é alta, e aqueles que amam o que fazem e se dedicam ao aprimoramento contínuo encontrarão sucesso e satisfação na profissão. A combinação de novas ferramentas e métodos com o respeito aos princípios fundamentais da medicina é o caminho para formar médicos competentes e prepara